O procurador-geral da República de Cabo Verde, Óscar Tavares, revelou esta segunda-feira que corre no país, desde 2015, uma investigação ao empresário José Veiga por suspeitas de lavagem de capitais, sublinhando tratar-se de um processo autónomo da investigação em Portugal.
“Temos um processo-crime que corre termos em Cabo Verde relativamente à utilização do sistema cabo-verdiano para eventuais crimes de lavagem de capitais, que está aberto desde setembro de 2015″, disse Óscar Tavares.
O antigo empresário de futebol, José Veiga, está em prisão preventiva desde fevereiro no âmbito da operação “Rota do Atlântico”, que investiga suspeitas de crimes de corrupção, tráfico de influências e participação em negócio, entre outros ilícitos.
Antes de ser detido, José Veiga tinha apresentado um pedido de autorização ao banco central de Cabo Verde para a abertura de um banco e, posteriormente, apresentado uma proposta de compra do Banco Internacional de Cabo Verde, operações que foram chumbadas pela entidade de supervisão bancária cabo-verdiana.
Questionado pelos jornalistas sobre se Portugal pediu colaboração na investigação ao empresário, Óscar Tavares adiantou que a investigação “nada tem a ver com o processo português” e que o Ministério Público cabo-verdiano não recebeu “ainda nenhuma carta rogatória das autoridades portuguesas”.
Cabo Verde investigar ? São cúmplices:)