O líder da Al-Qaeda no Líbano, Majid al-Majid, morreu este sábado, segundo informações do Exército libanês.
Al-Majid estava preso e terá morrido de falência renal num hospital militar.
O saudita, que liderava desde 2012 as Brigadas Abdullah Azzam, ligadas à Al-Qaeda, estava na lista dos terroristas mais procurados da Arábia Saudita e tinha sido detido no Líbano recentemente.
O grupo esteve por trás de ataques em várias partes do Oriente Médio, entre os quais um atentado à bomba contra a embaixada iraniana em Beirute, que matou 23 pessoasem novembro.
Segundo um comunicado do Exército, o comandante da Al-Qaeda teria entrado em coma em consequência do problema nos rins.
Linha dura
O ministro da Defesa libanês, Fayez Ghosn, tinha confirmado a prisão de Al-Majid e informado que ele estaria a ser interrogado num local secreto, tendo-se recusado a dizer quando e aonde a prisão ocorreu.
No entanto, segundo a BBC, uma fonte ligada às forças de segurança do Líbano disse à agência Reuters que Al-Majid teria sido capturado com outro militante saudita e que estaria a viver na cidade de Sidon, no sul do país.
Com base no Líbano e na Península Arábica, as Brigadas Abdullah Azzam têm o nome de um palestiniano jihadista que recrutou guerrilheiros mujahideen para a luta contra os soviéticos no Afeganistão nos anos 80.
O grupo atraía militantes islâmicos de linha dura que ainda lutaram no Iraque e ter-se-ia estabelecido no campo de refugiados palestinianos de Ein el-Hilweh, perto de Sidon.
O ataque de novembro contra a embaixada do Irão teria sido o primeiro grande ataque das brigadas.
O Irão e o grupo militante libanês Hezbollah são aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Segundo relatos da imprensa local, Majid al-Majid estaria ligado ao líder da frente al-Nusra Front, uma afiliada da al-Qaeda que procura derrubar poder o presidente da Síria, que está mergulhada numa guerra civil desde 2011.
Após o ataque à embaixada do Irão, um clérigo próximo das brigadas disse que outros atentados seriam realizados no Líbano até o Hezbollah parar de lutar ao lado do governo sírio.
Na quinta-feira, a explosão de um carro bomba em Beirute matou cinco pessoas, entre elas uma brasileira, Malak Zahwe, de 17 anos.
ZAP / BBC