A prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi será a futura ministra dos Negócios Estrangeiros da Birmânia.
Zaw Myint Maung, porta-voz da Liga Nacional para a Democracia, partido que venceu as eleições birmanesas de novembro de 2015, anunciou hoje que Suu Kyi “vai ser ministra dos Negócios Estrangeiros. Se quiser partilhar os deveres noutros ministérios com pessoal qualificado pode fazê-lo”.
Espera-se que o parlamento da Birmânia, país também conhecido por Myanmar, vote para confirmar as posições esta semana.
Com a nomeação para integrar o novo Governo da Birmânia, Aung San Suu Kyi, de 70 anos, passa a ter uma posição formal na administração, dando-lhe influência internacional e um lugar no Conselho de Segurança do país, dominado pelo exército.
Suu Kyi, que viveu os últimos 15 sob residência vigiada, é a única mulher dos seis membros da Liga que consta na lista apresentada esta terça-feira ao presidente do Parlamento birmanês.
De acordo com as complexas regras políticas da Birmânia, o cargo governamental significa que Suu Kyi, conhecida como “A Dama de Rangum”, terá provavelmente de abandonar a posição como líder da Liga Nacional para a Democracia para ajudar a governar um país que herda um executivo liderado por militares.
A Nobel birmanesa está impossibilitada de assumir a presidência do país devido a alíneas da Constituição herdada do anterior regime militar ditatorial.
O Governo, que deverá entrar em funções até ao final deste mês ou em princípios de abril, não terá primeiro-ministro, contando apenas com um presidente – “um fiel entre os fiéis” de Suu Kyi.
ZAP
