O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou esta segunda-feira ao Ministério da Defesa para iniciar amanhã (15) a retirada das forças russas da Síria. Segundo a Presidência russa, o chefe de Estado sírio, Bashar Al Assad, concordou com a decisão.
“A tarefa que tinha sido solicitada ao nosso Ministério da Defesa e às nossas Forças Armadas foi globalmente conseguida”, afirmou Vladimir Putin, dirigindo-se ao ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, ao fazer uma declaração transmitida pela televisão.
“Assim, ordenei ao ministério para iniciar a partir desta terça-feira a retirada da maior parte dos nossos contingentes militares na República Árabe da Síria”, acrescentou o presidente russo.
O Kremlin informou que Vladimir Putin e Bashar Al Assad, aliados de longa data, tinham concordado, durante uma conversa telefónica, a retirada das forças russas do território sírio.
A intervenção das forças aéreas russas na Síria teve início a 30 de setembro de 2015 e foi feita a pedido de Bashar Al Assad, no âmbito da luta contra o terrorismo no país.
Moscovo vai, no entanto, manter uma presença aérea no território sírio para supervisionar a aplicação do cessar-fogo, que entrou formalmente em vigor no dia 26 de fevereiro, segundo a Presidência russa.
“Os líderes registaram que as acções da força aérea russa permitiram alterar radicalmente a situação na luta contra o terrorismo, desorganizar as infra-estruturas dos combatentes e infligir danos significativos sobre eles”, indicou o comunicado do Kremlin.
A oposição síria reagiu com cautela ao anúncio da retirada das forças aéreas russas da Síria.
Um porta-voz da aliança opositora síria, que se encontra em Genebra, na Suíça, para negociar com os enviados do governo de Damasco, afirmou que a decisão é importante, mas defendeu que seria ainda mais importante se Vladimir Putin “decidisse apoiar o povo sírio e não um ditador”.
ZAP / ABr