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George Clooney, provavelmente o cabelo grisalho mais famoso do mundo (depois de Gandalf)
Cientistas identificaram pela primeira vez um gene por trás do embranquecimento do cabelo, após a análise do ADN de mais de 6.300 pessoas de cinco países latino-americanos.
O gene, chamado IRF4, atua para regular a melanina, o pigmento responsável pela cor do cabelo, pela cor da pele e dos olhos.
As pessoas com uma certa versão do gene são predispostas a ter cabelos grisalhos, de acordo com o geneticista Andrés Ruiz-Linares, investigador do University College of London e um dos autores do estudo.
Os cientistas afirmaram que o embranquecimento não é causado exclusivamente pela genética – e fatores como o stress ou a experiência de um acontecimento traumático também cumprem um papel no processo.
“Este é realmente o primeiro estudo sobre a genética dos cabelos grisalhos em humanos”, afirmou o geneticista Kaustubh Adhikari, também da UCL.
Segundo os investigadores, a identificação deste gene poderia oferecer um caminho para o desenvolvimento de um tratamento para prevenir e reverter o processo.
“Um medicamento que tenha efeito no percurso de produção de melanina nos folículos do cabelo pode, como os folículos se desenvolvem internamente, reduzir a necessidade de aplicar tintas. Este é certamente um caminho de pesquisa que vale a pena seguir”, diz Adhikari.
Os investigadores reuniram informações genéticas de homens e mulheres de Brasil, Colômbia, Chile, México e Peru, com uma combinação de antepassados europeus, indígenas e africanos.
A variação do gene que torna as pessoas predispostas a ter cabelo grisalho mais cedo apenas foi observada praticamente nos indivíduos de origem europeia.
“Isso pode, em certa medida, explicar por que os cabelos grisalhos são mais comuns nos europeus do que noutras populações”, explica Ruiz-Linares.
O estudo foi publicado esta terça-feira na Nature Communications.
