O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi reconheceu esta quarta-feira, pela primeira vez, que a causa do acidente do Airbus A321 russo no céu sobre a península de Sinai foi um atentado.
“Será que o terrorismo terminou? Não, ainda não, mas terminará se continuarmos juntos. Que pretendiam os que abateram esta avião, sejam quem forem? Atingir o turismo no Egito? Não, atingir as nossas relações com a Rússia”, afirmou o líder egípcio na apresentação do relatório dedicado ao desenvolvimento do país até 2030.
A 31 de outubro passado, o Airbus A321 da Metrojet caiu na Península do Sinai com 224 pessoas a bordo, depois de partir de Sharm el-Sheikh com destino a São Petersburgo, na Rússia.
Não houve sobreviventes do voo 9268 da Metrojet, naquela que foi a maior catástrofe aérea na história da aviação russa e soviética.
O ramo egípcio do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado no próprio dia 31 de outubro, assegurando depois ter colocado uma pequena bomba no interior do aparelho, mas o Cairo tinha afirmado até agora que as causas da queda do aparelho eram desconhecidas.
Dez dias depois do avião se ter despenhado, o Presidente russo Vladimir Putin anunciou que os seus investigadores concluíram tratar-se de um atentado, e proibiram qualquer voo entre a Rússia e o Egito.
A 17 de Dezembro, o chefe do Serviço Federal de Segurança russa (FSB), Aleksandr Bortnikov, concluiu que a razão da queda foi um atentado terrorista.
O turismo, já profundamente afetado por uma vaga de atentados no Egito, está atualmente praticamente inativo.
O Reino Unido proibiu todos os voos em direção à estação balnear de Sharm el-Sheik, de onde descolou o avião russo, e repatriou de imediato todos os seus cidadãos no local, à semelhança de Moscovo. Londres ainda não retomou os voos para Sharm el-Sheik, e Moscovo mantém suspensas as ligações para todo o Egito.
ZAP / SN
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