A autópsia mostrou que a bebé, que na última segunda-feira foi atirada ao rio Tejo juntamente com a mãe e com a irmã, morreu por afogamento.
Samira, a bebé de 19 meses que foi encontrada em Caxias na passada segunda-feira morreu de “asfixia por afogamento”, segundo confirmou o Diário de Notícias com uma fonte judicial.
Foram estas as conclusões da autópsia, que também mostra que a criança tinha equimoses e escoriações provocadas pelo arrastamento do corpo e embate nas rochas.
No início da semana, a Polícia Judiciária chegou a admitir que a menor poderia já não estar viva quando entrou na água, algo que é agora refutado pela perícia realizada ao corpo da menina.
Na altura, quando o corpo foi descoberto, a equipa de socorro ainda tentou realizar manobras de reanimação mas sem sucesso.
O alerta foi dado quando uma testemunha viu uma mulher a sair da água, em pânico e em avançado estado de hipotermia, a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.
A outra menina, com quatro anos de idade, continua desaparecida e a Polícia Marítima ainda se encontra na zona a fazer buscas.
A mulher, de 37 anos, é suspeita do homicídio das duas filhas e vai aguardar o desenrolar do caso em prisão preventiva. Entretanto, a família da mulher já veio a público contar que esta vivia com medo do ex-marido.
A mãe das crianças acusou em novembro do ano passado o companheiro de violência doméstica e de abusos sexuais das meninas. A queixa foi apresentada à PSP, que comunicou o caso à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
Perante as notícias que têm sido veiculadas na comunicação social, o pai das menores emitiu um comunicado, através do seu advogado, no qual nega todas as acusações.
“Vivo momentos de profunda dor. Perdi as minhas filhas. Tenho que defender a honra e o bom nome do pai da S. e da V., que só não fez mais porque não o deixaram”.
“Nego, com todas as forças que ainda me restam todas as barbaridades que estão sendo veiculados em alguma da comunicação social relativas à minha pessoa”.
“Pedi auxílio às instituições APAV, CPCJ e Tribunal de Família e Menores, que não quiseram ouvir-me, pessoalmente ou através dos meus advogados, nem nunca me procuraram”.
ZAP / Move