Cerca de 85% dos espanhóis consideram que o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, deve abandonar o cargo, e 62% pretendem que seja substituído por outro líder no PP, revela uma sondagem divulgada este domingo pelo diário El País.
A sondagem, que decorreu esta semana e envolveu 1.321 entrevistados, assinala ainda que 65% dos espanhóis desejam que o Partido Popular (PP, conservador) deixe de ser o partido que governa a Espanha. Os que mais o desejam são votantes no Podemos (95%), seguidos pelos do PSOE (85%), dos Ciudadanos (70%) e, inclusive, por 18% dos eleitores do PP.
Para 24% dos entrevistados, o PP deveria continuar a governar, apesar de coligado com outros partidos, e apenas 10% são favoráveis a que exerça o poder com minoria relativa no parlamento.
Uma maioria de 62% dos inquiridos, em particular os votantes do PP (85%), consideraram que a economia espanhola está a melhorar, mas mais de metade (53%) assinalou que essa melhoria não está relacionada com as decisões do Governo, contra 42% que atribui todo o mérito ao Executivo de Rajoy.
No entanto, 68% consideraram que a atual situação económica é má, contra 21% que manifestou opinião contrária; mais de metade dos entrevistados (56%) declararam que a sua economia familiar é satisfatória e 81% consideraram negativo o atual panorama político espanhol.
O estudo de opinião revela ainda que o Ciudadanos (liberal), liderado por Albert Rivera, aumentou a sua vantagem face aos restantes partidos e seria hoje a força política mais votada, e também a mais valorizada pelo seu trabalho no Parlamento, com 55% de opiniões positivas.
A popularidade de Rivera aumentou 16%, e também é considerado (por 39%) como o mais capacitado para negociar e contribuir para solucionar a situação na Catalunha, enquanto o partido que dirige é para 45% dos inquiritos aquele que possui o projeto mais adequado para o futuro de Espanha.
Pelo contrário, e segundo a sondagem, a atuação política de Pablo Iglesias, líder do Podemos (esquerda), é a que mais recua (62%) no último mês, incluindo entre os seus próprios votantes, com 53% a desaprovar a sua prestação.
// Lusa