80 falcões viajaram no meio dos passageiros num avião (e com bilhete pago)

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Falcões num aviãoUm príncipe da família real da Arábia Saudita reservou um lugar para cada um dos seus 80 falcões num voo de uma companhia de aviação. As aves de rapina viajaram instaladas no interior de um avião, lado a lado com os passageiros.

A prova deste inusitado voo com 80 falcões entre os passageiros de um avião que pertencerá à companhia Qatar Airways (facto ainda não confirmado) é uma fotografia divulgada na rede social Reddit.

“O meu amigo comandante de bordo enviou-me esta foto. Um príncipe saudita comprou bilhetes para os seus 80 falcões“, explica o utilizador do Reddit que partilhou a imagem e que assina pelo nome de Lensoo.

A imagem é surpreendente, mas nem tanto assim inusitada. A prática de viajar com falcões está inclusive, prevista no regulamento da Qatar Airways, com preços que rondam entre os 100 euros e os 580 euros por cada pássaro transportado, conforme o destino da viagem.

“É autorizado transportar um falcão a bordo da cabine de passageiros da Classe Económica de um avião e são permitidos um máximo de seis falcões dentro da cabine de Classe Económica“, explica a companhia do Qatar no seu site.

Neste caso, o elemento da realeza saudita estaria a viajar em Primeira Classe, o que justifica que pudesse levar consigo no avião 80 falcões.

Falcões num avião

Falcões sauditas têm passaporte especial

A falcoaria tem uma longa história e tradição no Médio Oriente, particularmente na Arábia Saudita, e muitos apreciadores da arte viajam para o estrangeiro para participar em competições ou caçadas.

Várias companhias europeias já se adaptaram a esta realidade, como é o caso da alemã Lufthansa que, em 2014, anunciou uma nova forma inovadora e mais segura de transportar falcões na classe VIP dos seus aviões – o chamado “Falcon Master”. “Uma solução inovadora” que proporciona às aves “uma vara segura durante todas as fases de voo, garantindo a máxima higiene, além de proteger os assentos, painéis de parede e tapetes de possíveis danos”, explica a companhia de aviação.

Na Arábia Saudita, os falcões têm inclusive um passaporte especial que tem que ser validado e devidamente carimbado pelos agentes alfandegários, registando os movimentos internacionais dos animais, tal como fazem com qualquer outro passageiro.

Emitido pelo Ministério do Ambiente e da Água, este passaporte inclui um número de identificação que deve também ser inserido numa anilha na perna da ave.

Trata-se de uma forma de combater o contrabando destes animais valiosos, tanto em tradição, como em preço – um falcão pode custar milhares de euros.

SV, ZAP //

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