8 votos salvam Presidente do Peru da destituição

Agência Andina / EPA

A moção de destituição do Presidente do Peru, apresentada pela oposição, teve 79 votos a favor, quando eram necessários 87 para originar a queda de Pedro Pablo Kuczynski.

A moção de destituição de Pedro Pablo Kuczynski acabou rejeitada, depois de mais de dez horas de sessão plenária. Dos 130 deputados previstos por lei, 79 votaram a favor.

Luis Galarreta, presidente do Parlamento peruano, declarou que “o pedido de destituição por incapacidade moral foi rejeitado“, após a votação da moção apresentada pela oposição que recebeu 79 votos a favor, 19 contra e 21 abstenções.

Para ser aprovada, a moção necessitava de 87 votos favoráveis. A destituição do Presidente peruano acabou por ser “salva” por oito votos.

De acordo com o Público, subscrito pelo partido de direita Força Popular e deputados de outras bancadas, o pedido de destituição foi anunciado depois de o Presidente ter feito uma declaração solene ao país defendendo a sua honra e desmentindo qualquer irregularidade.

Kuczynski é suspeito de ter recebido pagamentos ilícitos da construtora brasileira Odebrecht. Os quase cinco milhões de dólares foram entregues há mais de uma década à Westfield Capital, propriedade do Presidente peruano, e à First Capital, empresa de um antigo sócio.

Quando confrontado com a acusação, Kuczynski disse que não foi ele quem geriu os pagamentos, apesar de ser o dono dessa empresa.

No período no qual as transferências foram efetivadas, Kuczynski ocupou os cargos políticos de ministro da Economia e presidente do conselho de ministros do Governo de Alejandro Toledo. Pedro Pablo Kuczynski garantiu, porém, que o antigo Presidente peruano não esteve envolvido nos negócios da sua empresa.

Segundo o DN, o Presidente peruano pediu aos membros do Congresso para “salvarem a democracia” e rejeitarem o pedido de destituição. “Não está em jogo a minha permanência no cargo. Está em jogo a estabilidade democrática. Não apoiem uma destituição sem sustento, porque o povo não esquece nem perdoa”, sublinhou Kuczynski.

Os que ficaram do lado do Presidente, acusam a oposição de estar a tentar executar um golpe contra Kuczynski. Por sua vez, a líder do partido Força Popular, Keiko Fujimori, acusa o atual presidente de mentir sobre as suas ligações à construtora brasileira.

ZAP //

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