Os poucos ecossistemas intactos que ainda restam na Terra, que ajudam a preservar a vida selvagem e servem como amortecedores cruciais contra os efeitos das alterações climáticas, correm o risco de serem destruídos devido à atividade humana.
O aviso é deixado por investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, e da organização não-governamental norte-americana Wildlife Conservation Society (WCS) através de um artigo publicado na passada quinta-feira na revista Nature.
Atualmente, 77% da superfície terrestre – com exceção da Antártida – e 87% dos oceanos foram alterados devido a efeitos diretos da atividade do Homem. Há cem anos, apenas 15% do planeta era utilizado para atividades agrícolas, aponta o estudo.
Só entre 1993 e 2009, a atividade humana destruiu a vida selvagem numa área de 3,3 milhões de quilómetros quadrados – mais do que a superfície da Índia. Hoje em dia, as únicas águas oceânicas não afetadas pela pesca industrial ou pela poluição estão confinadas às regiões polares.
“As áreas selvagens são agora os únicos lugares que contêm combinações de espécies próximas da sua abundância natural” e, por isso, estes espaços são os únicos que “apoiam o processo ecológico” necessário para “manter a biodiversidade numa escala evolutiva”, escreveram os especialistas na publicação.
Portanto, estes lugares são “importantes reservatórios de informação genética“, indispensáveis nos esforços reunidos para regenerar a vida selvagem em áreas degradadas pela atividade humana, explicaram os autores.
Cerca de 94% dos ecossistemas selvagens intactos estão atualmente localizados em apenas 20 países, enquanto apenas cinco deles – Rússia, Canadá, Austrália, Brasil e Estados Unidos – compõem 70% da vida selvagem.
“Um punhado de países abriga muito desta terra intocada e estes países têm uma grande responsabilidade em manter o que resta da natureza selvagem”, frisou James Watson, professor na Universidade de Queensland e autor principal do estudo.
Face a estes dados, é essencial que os governos unam esforços junto de uma estrutura global para a conservação ambiental, uma vez “a contribuição de ecossistemas intactos não foi especificamente abordada em nenhum dos quadros políticos internacionais, como o Plano Estratégico das Nações Unidas para a Biodiversidade ou o Acordo de Paris”, alertam por fim os autores do estudo.
O novo estudo é divulgado na mesma semana em que o WWF revelou que as populações de animais do planeta diminuíram 60% desde 1970, devido sobretudo à ação humana.
ZAP // RT / Deutsche Welle
Boa tarde.
Uma pena que os humanos, principalmente os ricos pela ganância e os pobres pela necessidade e ignorância estejam destruindo o nosso planeta.
Eu tenho algumas pequenas áreas de terras e, nas mesmas, deixo a maior parte conservada, assim como também procuro restaurar.
Acho que será de bom alvitre, uma campanha mundial, dirigida às pessoas que tem boas condições financeiras e também às empresas, para que adquiram áreas para fazer um reflorestamento ou preservar o que já existe.
Tal campanha, deve ser feita com o apoio maciço as empresas de comunicação, redes sociais, clubes de serviços como o Rotary, Lions e outros e, principalmente pela ONU.
Estou à disposição.
Abraços.
Nilton Vieira Lima OAB-SE 677.