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Francisco J. Marques condenado a um ano e dez meses de prisão. Luís Filipe Vieira indemnizado

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Miguel A. Lopes / Lusa

Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto (esq) e o comentador do Porto Canal Diogo Faria (dir)

O diretor de comunicação do FC Porto foi condenado a um ano e dez meses de prisão, por divulgação de emails do Benfica. Luís Filipe Vieira indemnizado em 10 mil euros.

Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, foi condenado esta segunda-feira a um ano e dez meses de prisão, com pena suspensa.

Em causa está a divulgação de emails do Benfica.

O dirigente dos ‘dragões’ foi punido com dez meses de prisão por violação de correspondência agravada ou telecomunicações, e mais um ano e dois meses por ofensa a pessoa coletiva, ficando com um cúmulo jurídico de um ano e dez meses.

O caso da divulgação dos emails remonta a 2017 e 2018, com comunicações entre elementos ligados à estrutura de Benfica e terceiros a serem reveladas no programa ‘Universo Porto – da bancada’, do Porto Canal.

Tudo começou quando Francisco J. Marques divulgou emails que, alegadamente, indiciavam um esquema de favorecimento das arbitragens ao Benfica.

Nesse programa, o diretor de comunicação dos dragões leu uma alegada troca de e-mails entre Pedro Guerra, antigo diretor de conteúdos da Benfica TV, e o ex-árbitro Adão Mendes, referentes à temporada de 2013/2014.

Além disso, Francisco J. Marques revelou que Luís Filipe Vieira – na altura, presidente do Benfica – era referido nos e-mails como “o primeiro-ministro”, enquanto os árbitros eram designados como “padres”.

Nesse ano, o clube da Luz levou avante ações judiciais contra o diretor de comunicação do FC Porto.

O julgamento começou há cerca de seis meses, a 16 de setembro de 2022.

Além de Francisco J. Marques, também foram julgados Diogo Faria, diretor de conteúdos do Porto Canal, e Júlio Magalhães, antigo diretor do canal, por crimes de violação de correspondência e acesso indevido.

Resultado final

Francisco J. Marques ficou com um cumulo jurídico de um ano e dez meses, com pena suspensa por igual período.

Diogo Faria foi condenado a nove meses de prisão, com pena suspensa durante um ano, por violação de correspondência ou telecomunicações.

Francisco J. Marques e Diogo Faria foram ainda condenados a pagar de forma solidária uma indemnização de 10 mil euros a Luís Filipe Vieira.

Júlio Magalhães foi absolvido de todos os crimes de que era acusado.

“Entende o tribunal que Júlio não tinha qualquer capacidade para impedir esta divulgação. Crime de acesso indevido não se verifica”, referiu o juiz Nuno Costa, citado pelo jornal A Bola.

ZAP // Lusa

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