Mais de 4 milhões de máscaras a caminho das escolas. Costa pede confiança

António Cotrim / Lusa

O Governo distribuiu “mais de quatro milhões de máscaras por mais de 500 escolas”, adiantou António Costa, que pediu confiança neste regresso às aulas presenciais.

O primeiro-ministro pediu, esta terça-feira, confiança aos alunos dos 11 e 12.º anos e aos professores no regresso às aulas presenciais a partir de segunda-feira, adiantando que os materiais de proteção individual estarão disponíveis nas escolas.

António Costa falava após ter visitado a Unidade de Apoio Geral de Material do Exército, no município de Benavente, num discurso em que elogiou a operação logística desempenhada pelas Forças Armadas, quer na desinfeção de estabelecimentos de ensino, quer no planeamento e organização da distribuição de material em cerca de 500 escolas.

“Foi um trabalho muito grande e foi um esforço financeiro enorme, porque se trata de uma quantidade imensa de material. Só nesta primeira leva cuja distribuição está aqui em causa, estamos a falar de mais de quatro milhões de máscaras para mais de 500 escolas”, declarou.

Na sua breve intervenção, o líder do executivo salientou que esta operação só foi possível “graças ao enorme empenho das Forças Armadas“. “Para bem se lecionar e para bem se aprender, é essencial que todos se sintam confortáveis. E todos só podem estar confortáveis se todos estiverem seguros. Só assim há confiança.”

Depois, o primeiro-ministro deixou uma mensagem aos professores, aos assistentes operacionais e às famílias dos alunos que vão retomar as aulas presenciais: “Desejamos que, a partir de segunda-feira, entrem nas escolas com confiança para se retomar o processo de aprendizagem, que nunca foi interrompido, mas que tem sido mantido à distância e que agora deve continuar de forma presencial.”

De acordo com o governante, para que exista tranquilidade entre os elementos da comunidade educativa na conclusão do terceiro período letivo e na época de exames que se segue, o Estado adquiriu os necessários equipamentos de proteção.

“O vírus não existe nas escolas. O vírus existe em cada um de nós e é cada um de nós que o transporta. Para além da máscara, da lavagem das mãos, é fundamental praticarmos a regra da distância de segurança, a etiqueta respiratória e mantermos as normas de higiene”, salientou.

Antes, o ministro da Defesa procurou destacar a “permanente disponibilidade” manifestada pelas Forças Armadas no combate à covid-19, dizendo que “não houve feriados desde o primeiro dia” da pandemia.

João Gomes Cravinho referiu que o trabalho das Forças Armadas foi primeiro desenvolvido em coordenação com o Ministério da Saúde, depois com o Ministério da Segurança Social no apoio a lares de idosos e, agora, nas últimas três semanas, com o Ministério da Educação.

“As Forças Armadas demonstraram nesta operação uma elevada capacidade de planeamento e, sobretudo, uma grande capacidade de adaptação face ao imprevisto. E as boas Forças Armadas distinguem-se precisamente por essa capacidade de adaptação”, defendeu.

A seguir, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, elogiou o papel desempenhado pelas Forças Armadas em ações de sensibilização, de desinfeção de estabelecimentos de ensino e agora na distribuição de material de proteção. “Nesta altura, precisamos de confiança e de segurança. Sabemos que temos agora de fazer o movimento inverso de desconfinamento – um movimento no qual as Forças Armadas foram essenciais”, afirmou.

O chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, numa breve intervenção, falou sobre a ação dos militares no apoio a doentes da covid-19, mas também a idosos e, mais recentemente, junto das escolas, numa alusão à operação de distribuição de material de proteção,

Uma operação logística que na semana passada começou a ser planeada e que já neste último domingo se iniciaram os primeiros carregamentos de material, que serão distribuídos nas escolas até sexta-feira.

“Ao mesmo tempo, mantivemos o cumprimento das nossas missões tradicionais. Nesta fase que antecede a época dos fogos e das praias, tudo faremos opara continuar a cumprir a nossa missão”, acrescentou o almirante Silva Ribeiro.

ZAP // Lusa

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