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Com o ano lectivo no fim, há 300 mil euros para “Ciência na Escola” retidos no Ministério

Miguel A. Lopes / Lusa

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues

A 16.ª edição do Prémio “Ciência na Escola”, promovido pela Fundação Ilídio Pinho e financiado pelo Ministério da Educação, não correu como o esperado. Ao contrário de outras edições e quando estamos no fim do ano lectivo, a verba pública para o projecto não chegou a sair do Ministério.

Vários alunos, professores e escolas com projectos para o “Ciência na Escola” viram as suas expectativas goradas e, em vários casos, as ideias não saíram do papel dada a falta de verbas, como apurou a Renascença.

O “Ciência na Escola” visa estimular o interesse dos estudantes pela Ciência, abrangendo todos os graus de ensino, desde o pré-escolar ao secundário, prevendo apoios financeiros que vão dos 200 aos 500 euros.

A verba global prevista neste ano lectivo para apoio ao programa é de 300 mil euros. Os prémios para os projectos seleccionados deveriam ter sido entregues em Fevereiro, mas ainda não chegaram às escolas, como reporta a Renascença.

Nunca nos passou pela cabeça que o Governo não iria cumprir a parte que tinha sido acordada”, refere na Rádio o director-geral da Escola Global, Nuno Moutinho, que dirige duas escolas privadas que apresentaram 12 projectos ao prémio e que os desenvolveram com verbas próprias.

Mas no caso de outras escolas, os projectos foram simplesmente abandonados por falta de dinheiro.

Ministério culpa Fundação e atraso na documentação

A complicação resultará das alterações efectuadas ao funcionamento do prémio que levaram a que o Ministério da Educação passasse a assumir maiores responsabilidades financeiras na iniciativa da Fundação Ilídio Pinho.

Mas numa nota enviada à Renascença, o gabinete de Tiago Brandão Rodrigues atribui à Fundação a culpa pela demora na transferência do dinheiro, alegando que “cabe à Fundação Ilídio Pinho proceder ao pagamento dos subsídios a cada escola” e que só “recentemente” o Ministério “recebeu toda a documentação para proceder à transferência do apoio estatal àquela fundação”.

O Ministério da Educação também refere que “o procedimento” está “prestes a ficar concluído”.

Do lado da Fundação, esclarece-se, numa nota no site oficial, que continuam “a aguardar que o Ministério da Educação proceda à transferência do valor acordado para pagar estes subsídios”, bem como à divulgação da “lista das escolas a quem eles se destinam e respectivos montantes e dados bancários”.

Depois disso, será assegurado “o pagamento imediato dos subsídios às escolas, em nome do Ministério da Educação”, conclui a Fundação Ilídio Pinho.

ZAP //

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