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30 militares venezuelanos presos por conspirar contra Nicolás Maduro

chavezcandanga / Flickr

Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro

Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro

As autoridades detiveram esta segunda-feira 30 militares venezuelanos, maioritariamente da Força Aérea, por suspeita de estarem envolvidos numa conspiração para derrubar o Presidente Nicolás Maduro.

Depois de no passado dia26 de março 3 generais das Forças Armadas Venezuelanas terem sido presos por conspiração, esta segunda-feira “30 oficiais, de diversos graus, foram detidos e estão sob investigação, suspeitos de estar envolvidos numa conspiração para derrubar o presidente Nicolás Maduro”, refere o diário Últimas Notícias (UN), citando informação obtida de “fontes de alto nível” no palácio presidencial de Miraflores.

Segundo o UN, entre os detidos estão também vários oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), da Armada e do Exército, que se juntaram “aos generais de brigada detidos há três semanas, Oswaldo Hernándes, José Machillanda Díaz e Carlos Millán Yaguaracyuto, os três da Força Aérea, como a maioria dos envolvidos”.

O jornal explica que os serviços secretos venezuelanos “receberam por vias militares, de vários oficiais, informações” que indiciavam um golpe, “pelo que os seus movimentos e conversações estavam a ser observados desde há algum tempo”.

“A tentativa desestabilizadora deveria ter ocorrido na quinta-feira 20 de março, com operações aéreas e eventual disparos de metralhadora de soldados e outros factos planificados para provocar confusão e prováveis confrontos”, refere o jornal.

Segundo o UN, “a meada da conspiração não foi revelada” porque “continua a atividade do Conselho de Investigação, mas comprovou-se que alguns dos oficiais estavam em contacto com pelo menos um dirigente político de oposição”.

O jornal precisa ainda que o político opositor estaria em articulação com o movimento desde há dois anos, mantendo reuniões a escondidas, com integrantes da Guarda de Honra (encarregada da segurança presidencial), do Exército, da Marinha e da Guarda Nacional Bolivariana.

A situação de tensão no país tem-se acentuado no último ano, após as eleições presidenciais ganhas pelo chavismo e todos os dias decorrem manifestações promovidas pelo partido no poder e pela oposição.

/Lusa

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