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Em 2017, bancos cobraram aos clientes mais 100 milhões de euros do que em 2016

Os cinco principais bancos que actuam em Portugal cobraram, em 2017, mais 100 milhões de euros em comissões do que em 2016, de acordo com as contas feitas pela agência Lusa.

Em 2017, Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander Totta, BPI e Montepio arrecadaram, em conjunto, 1.876,8 milhões de euros em receitas de comissões, mais 102,8 milhões do que os 1.774 milhões de euros conseguidos em 2016.

Esta verba dá uma média de cinco milhões de euros de comissões cobradas diariamente.

O BCP surge na frente como o banco que mais comissões cobrou em 2017, com 666,7 milhões de euros, mais 22,9 milhões do que em 2016. Já a CGD, o banco público, cobrou mais 15 milhões em comissões, ascendendo a 465 milhões de euros o montante conseguido.

Quanto ao Santander Totta, este cobrou 331,1 milhões de euros em comissões em 2017, mais 25,4 milhões do que em 2016, e o BPI conseguiu mais 24 milhões de euros em comissões, tendo alcançado no ano passado 297 milhões de euros nestas receitas.

Por fim, a Caixa Económica Montepio Geral conseguiu receitas de 117 milhões de euros em comissões em 2017, mais 16 milhões do que no ano anterior.

Por contabilizar, entre os grandes bancos, faltam as comissões cobradas por Novo Banco e Crédito Agrícola, que ainda não apresentaram os resultados de 2017.

As receitas de comissionamento arrecadadas em 2017 relacionam-se com dois tipos de serviços: serviços mais directamente relacionados com a banca tradicional (abertura de processos de crédito, aberturas de conta, por exemplo) e serviços relacionados com actividade de mercados financeiros (operações em bolsa, comissões de corretagem, gestão de activos, por exemplo).

As comissões cobradas têm sido tema de debate nos últimos anos, quando os bancos alteraram precários (passando a cobrar por operações bancárias de rotina, como comissões de manutenção de conta ou transferências de dinheiro) para compensar quedas de receitas noutras rubricas da conta de resultados.

Há mesmo um grupo de trabalho no parlamento sobre o tema, que recentemente foi reactivado, no âmbito do qual está a ser equacionada a possibilidade de restringir as comissões bancárias, desde logo pelo alargamento dos serviços mínimos bancários (cujas comissões anuais não podem ir além de cinco euros).

O tema das comissões bancárias voltou a ocupar a agenda mediática perante a notícia de que a CGD vai aumentar novamente as comissões.

ZAP // Lusa

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