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Os serviços de veterinária da província angolana de Cuanza Norte começaram este mês a vacinar centenas de cães, gatos e até macacos, depois de vinte pessoas terem morrido infetadas por raiva, desde o início do ano.
Desde 05 de junho já foram vacinados em Ndalatando mais de 450 animais domésticos, mas esta campanha de vacinação antirrábica, de acordo com as autoridades locais, deverá abranger mais de dez mil animais da província.
O chefe de departamento provincial de Cuanza Norte do Instituto de Veterinária, João Alfredo, citado pelo Jornal de Angola, disse tratar-se de um problema de saúde pública, o que levou à criação de uma comissão interministerial para aplicação do Plano Nacional de Contingência e Emergência Contra a Raiva.
João Alfredo admite um grande aumento de casos de mordedura por animais com raiva, infetando posteriormente humanos. Foram contabilizados mais de 150 casos de mordedura por cães e macacos não vacinados, o que provocou a morte a 20 pessoas, sobretudo por atraso dos infetados na procura de apoio médico.
As autoridades de veterinária aconselham qualquer vítima de mordedura de um animal a lavar a ferida e a procurar tratamento de imediato nos serviços de saúde.
“Temos estado a passar a informação de como as pessoas devem proceder assim que são mordidas, mas, infelizmente, os indivíduos chegam aos serviços de saúde dez dias depois da mordedura, o que torna impossível o agente de saúde salvar-lhes a vida, porque o vírus já circula em todo o corpo”, explicou João Alfredo.
A tarefa dos técnicos, de assegurar a vacinação em toda a província de Cuanza Norte, está contudo a ser dificultada pela falta de acessibilidades às zonas rurais.
/Lusa
