Esta terça-feira, a Comissão Europeia aprovou um investimento de 107 milhões de euros do Fundo de Coesão para a modernização da rede de metropolitano do Porto, que representa perto de 25% dos custos totais dos projetos.
O cofinanciamento destinado ao Metro do Porto faz parte de um pacote de investimento de mais de 1,4 mil milhões de euros de fundos da União Europeia, anunciado pela comissária Elisa Ferreira esta terça-feira.
Este financiamento destina-se a 14 grandes projetos de infraestruturas em sete Estados-membros, entre os quais dois em Portugal, ambos relacionados com a rede de metropolitano do Porto.
Segundo a Comissão, o Fundo de Coesão “investirá 107 milhões de euros para modernizar a rede do metropolitano do Porto, o que permitirá tornar os transportes públicos mais apelativos, reduzirá o tráfego e a poluição e garantir viagens mais seguras, mais rápidas e confortáveis para os passageiros”.
O executivo comunitário precisou que mais de 43,3 milhões de euros do Fundo de Coesão são uma contribuição para o projeto de extensão da Linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este (com um custo total estimado de 169 milhões de euros), enquanto cerca de 63,6 milhões de euros visam cofinanciar a criação da Linha Rosa, entre a Casa da Música e São Bento, orçada em 268,3 milhões de euros.
O início da fase operacional da extensão da Linha Amarela está prevista para março de 2023, enquanto o do segundo projeto está agendado para novembro do mesmo ano.
“Em tempos difíceis como os que vivemos no nosso continente, é fundamental que a política de coesão continue a desempenhar o seu papel de apoio à economia, em benefício dos nossos cidadãos”, começou por dizer Elisa Ferreira.
“Os grandes projetos que hoje aprovámos mostram que o financiamento da UE, e a política de coesão em particular, produzem resultados concretos, ajudando as regiões e as cidades a tornar-se mais seguras, mais limpas e mais confortáveis para os cidadãos e as empresas”, comentou a comissária europeia da Coesão e Reformas.
A comissária portuguesa acrescentou que “muitos dos projetos aprovados contribuem também para a realização dos objetivos do Pacto Ecológico Europeu”.
Os outros Estados-membros beneficiados pelo pacote de investimento são a Croácia, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Espanha, cujos projetos abrandem vários domínios estratégicos, como o ambiente, a saúde, os transportes e a energia, “para uma Europa mais inteligente e hipocarbónica”, aponta o executivo comunitário.
A Comissão Europeia lembra que Portugal já recebeu mais de 1,6 mil milhões de euros da Política de Coesão para investimentos em grandes projetos durante o atual quadro financeiro plurianual 2014-2020.
ZAP // Lusa