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Terramotos em Marte podem ser a chave para vida microbiológica

NASA / Goddard Space Flight Center / Wikimedia

Uma equipa de cientistas afirma que os terramotos marcianos podem produzir a quantidade de hidrogénio necessária para existência de vida microbiológica em Marte.

Os cientistas analisaram formações rochosas nas Ilhas Ocidentais, na Escócia, e descobriram que as rochas formadas pela trituração de outras rochas durante terramotos são ricas em hidrogénio – algo que sugere que a atividade sísmica semelhante em Marte pode também produzir hidrogénio suficiente para suportar a vida.

“Os terramotos causam atrito, e nossa análise demonstrou que isso cria hidrogénio”, afirmou John Parnell, um dos autores do estudo.

O estudo, publicado na Astrobiology, sugere que esse hidrogénio produzido durante os terramotos é suficiente para apoiar o crescimento de microrganismos através de falhas ativas.

Segundo o geólogo Sean McMahon, autor principal do estudo, embora os seres humanos e os outros animais obtenham energia a partir da reação entre o oxigénio e o açúcar, as bactérias utilizam uma grande variedade de reações alternativas para tal.

A oxidação do gás hidrogénio, por exemplo, gera energia suficiente para as bactérias na sub-superfície da Terra – que se alimentam do próprio gás produzido.

Apesar de não se observarem muitos sismos em Marte, os investigadores acreditam que um terramoto no planeta vermelho poderia produzir hidrogénio suficiente para apoiar as pequenas populações de microrganismos, pelo menos por curtos períodos de tempo.

“A melhor maneira de encontrar provas de vida em Marte pode ser ao examinar rochas e minerais que se formaram nas profundezas do subsolo através de falhas, e que mais tarde vieram à superfície devido à erosão”, afirmou McMahon.

A NASA vai enviar a sonda InSight para Marte em 2018, uma missão que irá ajudar os cientistas a desvendar os mistérios dos terramotos em Marte e analisar se o hidrogénio produzido é, realmente, suficiente para criar vida nas profundezas do planeta vermelho.

BZR, ZAP

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