O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI admitiram este domingo que uma unidade de medicina legal prestou testemunhos com erros em 257 julgamentos durante 28 anos. Entre os testemunhos errados, encontram-se 32 casos que resultaram em pena de morte.
Segundo o Washington Post, o FBI e o Departamento de Justiça revelaram que a actuação entre 1972 e 1999 da unidade de medicina legal em causa, uma equipa forense de elite do FBI, está a ser investigada.
Dos 28 membros da unidade de comparação microscópica de amostras de cabelo do laboratório do FBI, 26 apresentaram testemunhos exagerados ou errados, que favoreceram a acusação em 257 casos.
Os números foram confirmados pela Associação Nacional de Advogados de Defesa Criminal e pelo Innocence Project, duas organizações que estão a ajudar o Departamento de Justiça na investigação.
Os casos de testemunhos duvidosos ou análises erradas incluem os de 32 acusados que foram condenados à morte, 14 dos quais foram executados ou morreram na prisão.
O Departamento de Justiça e o FBI declararam, em comunicado conjunto, o seu compromisso em “assegurar que os acusados erradamente condenados serão notificados dos erros do passado e que será feita justiça”.
A investigação à actuação desta unidade teve início em 2012, depois de o Washington Post ter denunciado que algumas análises erradas ao cabelo, em casos de homicídio ou crime violento, poderiam ter levado à condenação de centenas de pessoas inocentes.
ZAP