Anexação russa “anula toda a possibilidade de diálogo”, diz Zelenskyy

“Não aceitamos nenhum ultimato, porque não queremos perder parte do nosso território. Nós já o dissemos: lutaremos até o fim para defender a nossa casa. Acima de tudo, temos de tentar salvar vidas”, afirmou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.

Em entrevista ao El País, a primeira a um jornal espanhol, referiu: “se os russos se retirarem e reconhecerem que estão terrivelmente enganados, então podemos encontrar espaço para o diálogo”

Contudo, sublinhou  líder ucraniano, “se vamos continuar a sacrificar milhares de vidas para que o nosso território seja desocupado, isso impede qualquer processo [de diálogo] durante vários anos”.

De acordo com o chefe de Estado, “há uma intenção muito concreta de ocupação e destruição da Ucrânia. O que é que eu tenho a dizer a alguém que só nos quer destruir? As conversações não fariam sentido”.

O futuro da Ucrânia, insistiu, passa pela entrada na União Europeia (UE). “A guerra começou porque a Rússia não nos considera um país independente, um país europeu. Passa-se o mesmo com a Bielorrússia. Porque é que hão-de ser os russos a decidir como se vive na Bielorrússia?”, indagou.

“Espero que os líderes da UE não tenham medo (…) A Ucrânia será membro da UE e não quero dizer se é mais tarde ou mais cedo porque considero que já é tarde”, continuou Zelenskyy.

Esta “é uma guerra pela Ucrânia contra a agressão russa. Nós somos um escudo e não atacamos com armas nucleares, com mísseis guiados, com drones iranianos. Não invadimos com tanques. Não violamos mulheres russas, crianças russas. Não torturamos nas aldeias russas”, declarou ainda o Presidente.

ZAP //

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