Vive perto da família? É mais provável que apoie a pena de morte

Segundo o novo estudo, o facto de viver perto de casas de familiares afecta-nos a nível psicológico… em aspectos surpreendentes.

Qual é a ligação entre viver perto de casas de familiares e apoiar a pena de morte? Numa primeira resposta, diríamos “nenhuma”. Mas se calhar…

Um estudo mostra que o facto de viver perto da família afecta-nos a nível psicológico… em aspectos surpreendentes.

Esta análise, que juntou vários estudos sobre o assunto, foi focada em três países: EUA, Filipinas e Gana.

Joshua Ackerman, co-autor do estudo, começa por explicar que viver perto de familiares, ou simplesmente sentir que eles estão perto “muda a importância que as pessoas atribuem ao apoio aos outros”.

Também muda a forma a importância que damos à garantia de que essas pessoas não sofrem.

E é aqui que entra a pena de morte: essas pessoas ficam mais ligadas aos familiares e são mais contra comportamentos anti-sociais, querem punir mais quem comete crimes.

Nesse sentido, é mais provável que apoiem a pena de morte: querem sentir que os seus familiares estão mais protegidos. Querem proteger os seus de psicopatas, em resumo.

“Sentem-se naturalmente mais ligados às pessoas que as rodeiam, uma vez que muitos deles são familiares. Mas isso também significa que há mais pessoas à sua volta que precisam de proteger. É por isso que vemos pessoas que vivem perto de familiares a apoiar maior punição de comportamentos perigosos“, continua Joshua Ackerman, citado no Futurity.

As pessoas que vivem perto da família envolvem-se mais em comportamentos de grupo mais extremistas. E isso inclui estar disponível para lutar pelo país numa guerra.

Têm também os seus conceitos próprios, mais interdependentes, identificam-se como mais ligados e confiam em grupos próximos (comunidade e vizinhos), mas desconfiam mais de grupos mais distantes.

Os autores do estudo destacam ainda que estas pessoas classificam mais facilmente o incesto entre irmãos como moralmente errado.

Já o outro autor do estudo, Oliver Sng, destaca que esta análise destaca os efeitos psicológicos de uma dimensão subexaminada da nossa ecologia social: a relação.

ZAP //

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