As 10 pessoas mais ricas do mundo viram as suas contas a aumentar de forma nunca antes vista. A culpa é das promessas republicanas de baixar impostos.
O Bloomberg Billionaires Index registou um aumento de 64 mil milhões de dólares (cerca de 60 mil milhões de euros) esta quarta-feira entre a riqueza os 10 maiores milionários do mundo, que traduz o maior aumento de sempre desde a existência do algoritmo (criado em 2012).
Neil Wilson, analista da corretora Finalto, explicou ao The Guardian que o motivo para este aumento foi a promessa feita por Trump de que não regulamentaria tanto a economia e diminuiria os impostos. Após a vitória do republicano, os americanos acreditara: fartaram-se de comprar ações.
“O resultado da onda vermelha foi o que todos os capitalistas americanos teriam preferido e não era, de forma alguma, uma certeza à entrada das eleições, pelo que a reação foi decisiva”, explica o especialista.
O maior beneficiário da vitória do candidato que apoiou ao longo da campanha foi o homem mais rico do mundo, Elon Musk, que registou o maior aumento,no valor de de 24,7 mil milhões de euros à sua fortuna, que ascende agora a 270 mil milhões de euros.
Outros sortudos, conta o The Guardian, foram Jeffrey Bezos, o fundador da Amazon e a segunda pessoa mais rica do mundo, que acrescentou 7 mil milhões de dólares à sua fortuna de quase 230 mil milhões de dólares, e Larry Ellison, presidente da empresa de software Oracle, um apoiante republicano, que aumentou a sua riqueza em quase 10 mil milhões de dólares para 193 mil milhões de dólares.
Também o cofundador da Microsoft, Bill Gates, o antigo diretor executivo da Microsoft, Steve Ballmer, e os co-fundadores da Google, Larry Page e Sergey Brin beneficiaram da vitória de Trump esta semana.
Embora a Google pareça estar em alta, na verdade Donald Trump já se insurgiu contra a empresa durante a campanha eleitoral, tendo mesmo chegado a ameaçar a Google de instaurar processos criminais caso vencesse as eleições.
Só ficaram de foram, no top 10, os milionários Mark Zuckerberg, que diminuiu ligeiramente a sua riqueza em 76 milhões de euros (o empresário tem sido criticado por Trump, que chegou a ameaçar prendê-lo por alegadamente ter conspirado contra ele nas eleições de 2020) e, principalmente, o francês Bernard Arnault, CEO da empresa de bens de luxo LVMH, cuja fortuna diminuiu quase 3 mil milhões de euros.
Segundo a Fortune, este decréscimo de Arnault advém de uma recente rivalidade económica França-EUA, após a potência europeia ter criado um Imposto sobre Serviços Digitais aos “gigantes” de Silicon Valley (como o X, Google ou Facebook) e os republicanos terem respondido com promessas de tarifas sobre fabricantes franceses de luxo.
Resta esperar para ver o que está na manga de Donald Trump — e essencialmente do seu (astronomicamente) valioso amigo, Elon Musk.