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É viciado na internet? Cientistas criam escala para medir dependência

Sente-se perdido sem o seu telemóvel e sem a password do WiFi? Os investigadores criaram um novo espectro de dependência da Internet que revela a extensão da sua dependência.

Num extremo do espectro, encontramos os “utilizadores casuais” que se ligam à Internet para tarefas específicas e se desligam imediatamente. No outro extremo, temos os “viciados” que reconhecem abertamente a sua dependência da Internet e reconhecem o impacto prejudicial nas suas vidas.

Este espetro surgiu de um estudo realizado por investigadores da Universidade de Surrey, que analisaram os padrões de utilização da Internet de 796 participantes.

Os indivíduos mais jovens, com menos de 24 anos, passam em média seis horas diárias online, principalmente através dos seus smartphones. Em contrapartida, as pessoas com mais de 24 anos passam, em média, 4,6 horas por dia online.

Curiosamente, realça o Daily Mail, o estudo não encontrou diferenças significativas com base no género no que diz respeito à dependência da Internet.

A investigação categorizou os utilizadores da Internet em cinco grupos distintos:

  • Utilizadores casuais (15%): Utilizam a Internet principalmente para tarefas específicas. Normalmente, são mais velhos, com uma idade média de 33,4 anos, e não apresentam sinais de dependência da Internet.
  • Utilizadores iniciais (22,86%): Ficam online mais tempo do que o inicialmente planeado. Com uma média de idades de 26,1 anos, ocasionalmente negligenciam as responsabilidades domésticas, mas não se identificam como viciados.
  • Experimentadores (21,98%): Sentem-se desconfortáveis ou ansiosos quando desligados da Internet. Tendem a ter entre 22,8 e 24,3 anos de idade.
  • Viciados em negação (17,96%): Apresentam comportamentos viciantes, como estabelecer relacionamentos online e negligenciar responsabilidades no mundo real. Com uma idade média de 24 anos, não admitem sentir-se incomodados quando estão offline.
  • Viciados (22,36%): Reconhecem abertamente a sua dependência da Internet e reconhecem o seu impacto negativo. Com uma média de idades de 24 anos, passam 1,6 vezes mais tempo online do que os utilizadores casuais.

Brigitte Stangl, autora principal do estudo, destacou a tendência dos indivíduos mais jovens para serem mais suscetíveis à dependência da Internet, que diminui com a idade.

Desde 2019, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido oferece apoio a crianças e jovens adultos gravemente viciados na Internet ou em jogos de computador. No entanto, os investigadores sugerem que intervenções e apoio personalizados são essenciais para indivíduos em várias fases da dependência da Internet.

ZAP //

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