Vice de Trump forçado a desempatar votação para confirmar Betsy DeVos

Erik Lesser / EPA

A nova secretária da Educação dos EUA, Betsy DeVos

A nova secretária da Educação dos EUA, Betsy DeVos

O Senado norte-americano confirmou esta terça-feira Betsy DeVos como secretária de Educação, numa votação em que pela primeira vez na história americana o voto do vice-Presidente foi decisivo para confirmar a nomeada.

Na votação propriamente dita, Betsy DeVos – uma defensora do direito dos pais à livre escolha da escola dos filhos – obteve um empate 50-50.

Dois senadores republicanos juntaram-se à oposição para votar contra a nomeação de DeVos. Os democratas justificaram o seu voto contra ao afirmar que a nomeada tem interesses financeiros em organizações que defendem as escolas independentes do sistema educativo mas financiadas pelo Estado (Charter Schools). Também acusaram DeVos de ter falta de experiência no que diz respeito à escola pública.

DeVos prometeu que iria vender a sua posição nestas organizações.

Já os republicanos Susan Collins (Maine) e Lisa Murkowski (Alasca) votaram contra por recear que a opção de DeVos quanto a este tipo de escolas vai minar as escolas públicas mais remotas nos seus Estados.

Antes da votação, o Presidente Donald Trump esceveu no Twitter que “Betsy DeVos é uma reformadora” que “será uma grande secretária de Educação” para as crianças norte-americanas.

DeVos tornou-se uma das escolhas mais controversas da nova administração Trump. Os sindicatos da Educação contestaram fortemente a sua nomeação, devido ao facto de DeVos ser uma defensora das “Charter Schools” e da subsidiação pública para que os alunos possam frequentar escolas privadas.

Trump apoiou a sua nomeada, acusando os democratas de estarem a lutar contra o progresso e a mudança.

“Os democratas no Senado protestam para manter o ‘status quo’ falhado”, escreveu Trump no Twitter.

Apesar da vitória, DeVos sai ferida do processo de nomeação, de resultado dividido até ao fim.

A nova responsável da Educação foi criticada – e mesmo ridicularizada – pelas hesitações e falta de conhecimento durante a audição de confirmação, e atacada pelos sindicatos dos professores e organizações de direitos cívicos por defender a escolha de escolas privadas e ter convicções religiosas conservadoras.

Durante o debate no Senado um grupo de manifestantes iniciou um protesto cá fora, incluindo um homem que se vestiu de urso pardo: uma sátira à afirmação de DeVos de que certas escolas deveriam ter armas para se protegerem de ataques daquela espécie animal.

// Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.