No final de 2020, o físico Harold “Sonny” White e a sua equipa no Limitless Space Institute fizeram uma observação revolucionária que pode ser um passo para tornar os warp drives uma realidade.
Uma análise da densidade de energia do vácuo negativo – conhecida como o efeito Casimir – levou à descoberta de que uma estrutura específica poderia gerar uma bolha de warp em nanoescala.
Embora este avanço seja apenas teórico nesta fase, o desenvolvimento abre a porta à possibilidade de fazermos viagens interestelares a alta velocidade, mais conhecidas como warp drive, imortalizada na série Star Trek.
A tecnologia warp tem uma base científica surpreendentemente sólida. O seu princípio central gira em torno do uso de enormes quantidades de energia para distorcer o espaço-tempo, criando uma bolha que pode viajar a qualquer velocidade.
Este conceito não entra em conflito com a teoria da relatividade de Einstein, que afirma que nada se pode deslocar a uma velocidade mais rápida do que a luz. A ideia foi apresentada num artigo de 1994 pelo físico teórico mexicano Miguel Alcubierre.
A proposta permite viagens mais rápidas do que a luz, expandindo o espaço atrás de um objeto e contraindo-o à frente, formando uma “bolha” de espaço distorcido. O resultado? Uma velocidade real entre dois pontos, embora não exceda a velocidade da luz. Esta proposta desafiou a teoria de Einstein, e o trabalho de Alcubierre abriu a porta para mais pesquisas práticas.
Embora a velocidade warp fosse considerada possível, enfrentou enormes obstáculos. O próprio Alcubierre concluiu que um warp drive era altamente improvável devido à vasta quantidade de energia necessária, explica o Popular Mechanics.
De facto, necessitaria de cerca de 100 vezes a massa de Júpiter convertida em energia negativa para alcançar uma bolha de 100 metros de largura a viajar à velocidade da luz. A energia negativa necessária tornou-se uma das barreiras críticas à entrada para o warp drive, já que ninguém ainda provou que a energia negativa é real.
O físico José Natário, professor no Instituto Superior Técnico em Lisboa, mostra-se preocupado sobre os problemas práticos, particularmente as exigências energéticas. Por causa disto, acredita que estamos “muito, muito, muito, muito longe de chegar perto de um warp drive prático.”
No entanto, a fascinação pelo warp drive não parou. O físico Erik Lentz argumentou que os warp drives poderiam ser gerados usando fontes de energia positiva em vez de energia negativa. O seu trabalho concentrou-se em algo chamado condição de energia fraca, levando a uma solução que poderia potencialmente satisfazer o desafio do nível de energia e permitir-nos viajar mais rápido do que a luz.
Além disso, o físico Alexey Bobrick e o empresário de tecnologia Gianni Martire propuseram uma classe de warp drives subliminares e exploraram o uso de buracos negros simulados para avaliar os níveis de força gravitacional necessários para distorcer o espaço-tempo. Os cientistas até criaram uma aplicação para ajudar os cientistas a validar as suas equações de velocidade warp.
O warp drive continua a ser uma fronteira tentadora na física, inspirando continuamente os cientistas e fãs de ficção científica. O progresso teórico e as abordagens alternativas mantiveram a ideia viva, mesmo quando enfrenta desafios aparentemente intransponíveis.
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