Investigadores da Universidade da Califórnia afirmam ter descoberto o vestígio mais antigo de vida animal conhecido, de formas de vida que existiram há mais de 635 milhões de anos.
O estudo publicado esta segunda-feira na revista científica Nature Ecology & Evolution, descreve como a equipa liderada por Gordon Love, do departamento de Ciências da Terra, procurou vestígios moleculares de vida animal da era Neoproterozóica – entre 660 milhões e 635 milhões de anos.
Em rochas e óleos recolhidos em Omã, na Sibéria e na Índia, encontraram um composto esteroide que é produzido pelas esponjas marinhas, uma das primeiras formas de vida animal conhecidas.
Os investigadores consideram demonstrar ainda que já existiam formas de vida animal 100 milhões de anos antes do período Câmbrico, época em que houve uma explosão de quantidade e diversidade de formas de vida.
“Os fósseis moleculares são importantes para estudar os primeiros animais, uma vez que as primeiras esponjas seriam muito pequenas, não teriam esqueleto e não deixariam uma impressão fóssil forte ou até reconhecível”, afirmou Alex Zumberge, um dos autores do estudo.
O biomarcador que encontraram tem uma estrutura única, e hoje em dia só se encontra sintetizado por certas espécies modernas de esponjas marinhas.
“Este esteroide é a primeira prova que as esponjas, portanto os animais multicelulares, existiam nos mares da antiguidade pelo menos há 635 milhões de anos“, explicou Zumberge.
// Lusa