As lojas online passam a ser obrigadas, a partir de quinta-feira, a apresentar etiqueta energética com informação sobre o consumo de eletricidade em aparelhos como máquinas de lavar roupa e louça, aspiradores ou televisores.
Os consumidores já encontram as etiquetas energéticas nos equipamentos à venda e para aluguer nos estabelecimentos físicos, mas uma diretiva comunitária vem alargar esta regra às lojas online em 2015, informou a Quercus.
Os equipamentos são considerados eficientes quando realizam uma mesma tarefa com menos consumo de energia e o objetivo desta iniciativa é reduzir o gasto de eletricidade no setor doméstico e, ao mesmo tempo, diminuir a fatura a pagar.
Numa primeira fase, a partir de 01 de janeiro, são abrangidos os novos modelos de máquinas de lavar roupa e louça, aparelhos de refrigeração, secadores de roupa, aspiradores, televisores, lâmpadas, luminárias e aparelhos de ar condicionado.
“As vendas online têm cada vez mais expressão no mercado dos eletrodomésticos e, portanto, para a Quercus é muito importante esta nova obrigatoriedade, que passa pela exibição da etiqueta energética também nos sites” que comercializam estes produtos, disse à agência Lusa Ana Rita Antunes, do Grupo de Energia e Alterações Climáticas da associação ambientalista.
A técnica da Quercus explica que “não basta só dizer qual é a classe energética, também é obrigatória a exibição da etiqueta completa”.
A partir de abril de 2015, esta obrigação é alargada aos fornos e exaustores e, a partir de setembro, aos aquecedores de água e reservatórios de água quente, bem como aos aquecedores de ambiente.
A etiqueta deve ser apresentada junto do preço do produto e é recomendado que seja disponibilizada através de uma hiperligação, partindo de uma imagem de uma seta de cor correspondente à classe de eficiência energética do produto, tal como a ficha de produto, que deve ter “dimensões claramente visíveis e legíveis”.
No acompanhamento da aplicação das regras relativas ao comportamento energéticos dos aparelhos, no âmbito do projeto europeu “Market Watch”, a Quercus realizou consultas a 10 lojas online, na maioria pertencentes a grandes cadeias de retalhistas e concluiu que apenas 3% dos produtos à venda cumpriam os requisitos de rotulagem energética, embora em 83% dos casos parte da informação a disponibilizar estivesse presente.
A expetativa da Quercus é que, “com estes novos requisitos, haja uma maior sensibilização dos retalhistas para o cumprimento das normas e que os consumidores tenham aos seu dispor toda a informação necessária para comprarem produtos de classes de eficiência energética superiores”.
/Lusa