Surgiram mais dois interessados na Dielmar, pelo que o futuro da empresa volta agora a estar em stand by. O juiz do Tribunal do Fundão decidiu dar a oportunidade aos interessados de apresentarem as suas propostas.
O juiz do Tribunal do Fundão, onde corre o processo de insolvência da Dielmar, decidiu dar a possibilidade para que mais interessados possam apresentar propostas, além do Grupo Valerius, que apresentou um projeto de retoma laboral na última assembleia de credores.
O ECO teve acesso ao despacho do juiz Filipe Guerra, que determina que o administrador de insolvência, João Maurício Gonçalves, deve “promover a liquidação do ativo da massa insolvente, com a maior brevidade possível, conferindo aos interessados a possibilidade de apresentarem (…) as respetivas propostas”.
O gestor judicial tem agora um prazo máximo de 90 dias para apresentar um “relatório atualizado acerca das diligências levadas a cabo”.
O Grupo Valerius apresentou um projeto de viabilização no valor de 250 mil euros, uma proposta que permite ficar também com as máquinas e os inventários da empresa.
Nos dias que se seguiram à assembleia de credores da semana passada, a Outfit 21 e Cláudio Monteiro Nunes voltaram a entrar em cena, depois de se terem afastado da corrida aquando do processo de insolvência.
De acordo com o Jornal de Notícias, a Outfit 21, de Leiria, apresenta-se agora reforçada com a Via Veneto Roupas, Lda, credora da Dielmar, com uma proposta de 295 mil euros.
Já Cláudio Monteiro Nunes também regressa com o objetivo de criar uma empresa com um capital de cinco milhões de euros para a operação.
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, já tinha acertado com a Valérius o arrendamento das instalações industriais e adiantado que o Estado, através do Banco de Fomento e da Garval, iria votar favoravelmente esta proposta.
No entanto, a decisão do juiz invalida essa votação realizada na assembleia de credores. O Público noticia ainda que a Segurança Social e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) contrariaram o desejo de Siza Vieira, ao dizerem ao tribunal não estar “em condições” de votar a proposta do grupo de Barcelos, que tem um prazo de validade de 30 dias e, assim, poderá ficar sem efeito.
Fonte ligada ao processo disse ao JN que “existia a possibilidade de outros interessados avançarem com processos de impugnação ou providência cautelar” no cenário de a Valerius ficar com a Dielmar.
Assim, continua, “o juiz regressa à estaca zero e cria igualdade na apresentação de propostas que serão votadas em assembleia de credores”.