/

Venda de antidepressivos e tranquilizantes disparou em março

1

A venda de antidepressivos e tranquilizantes disparou no mês de março, avança o jornal Expresso, citado números da consultora IQVIA.

Segundo escreve o semanário na sua edição deste fim-de-semana, a venda deste tipo de fármacos aumentou 28% em março comparativamente com o mês passado.

Ao todo, foram vendidas mais de 2,2 milhões de embalagens de antidepressivos e tranquilizantes fármacos – deu-se um acréscimo de 27% face a março do ano passado.

Em declarações ao jornal Expresso, Miguel Xavier, diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, refere que “é expectável o aumento do número de pessoas que chegam às urgências com crises agudas de ansiedade e ataques de pânico”, sobretudo as que já têm uma “vulnerabilidade prévia”.

O mesmo especialista refere que, a longo prazo, as famílias começarão os efeitos pela quarentena decretada na sequência da pandemia de covid-19, que já infetou mais de 15.000 pessoas e fez 470 vítimas mortais em Portugal.

“Por norma, os membros do agregado familiar veem-se poucas horas por dia, quando regressam do trabalho, e os conflitos latentes vão passando”, começa por explicar Miguel Xavier, notando, contudo, que com a quarentena decretada, “partilham sempre o mesmo espaço”, o que pode levar a “tensões e problemas psicológicos, que daqui a dois, três meses vão precisar de intervenção”.

Em Portugal, segundo o balanço este sábado hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 470 mortos, mais 35 do que na sexta-feira (+8%), e 15.987 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 515 em relação a sexta-feira (+3,3%). Dos infetados, 1.175 estão internados, 233 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 266 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 0 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março.

ZAP //

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.