Vai ser preciso um ano e meio para resolver os problemas que o SEF deixou

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José Sena Goulão / LUSA

José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) “morreu” este domingo, e deixou uma herança de 350 mil pedidos à sucessora “AIMA” – que terá de gastar, pelo menos, um ano e meio a resolvê-los.

Nasceu, este domingo, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para suceder o SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Ao segundo dia de funcionamento da AIMA, Luís Góis Pinheiro, o presidente do “novo SEF”, diz que a instituição terá desafios muito exigentes, até porque ficaram por resolver, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, um ano e meio de problemas.

“A nossa expectativa e aquilo que gostaríamos era que no espaço de um ano e meio a situação das pendências da componente documental ficasse debelada e, portanto, que passássemos a ter a agência a lidar com aquela que é a sua procura diária”, disse, à Antena 1, o presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo.

De acordo com a RTP, ficaram por resolver do SEF quase 350 mil pedidos, para a autorização de residência em Portugal.

Luís Góis Pinheiro advertiu que, para que seja possível regularizar o que está pendente dentro do tempo previsto, serão necessários reforços

“Até lá, terão de ser tomadas muitas medidas. Medidas que passam – não só, mas também – pelo aumento do número de recursos humanos que têm de trabalhar na agência. Neste momento, [a AIMA] ainda não está dotada dos recursos humanos necessários para tornar possível resolver a pendência que temos hoje. Não são suficientes para o desafios que temos pela frente”, sublinhou.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, adiantou, em declarações aos jornalistas, que, no primeiro dia depois da extinção do SEF, foram feitos mais de 90 mil controlos nas fronteiras.

“A cooperação reforçada entre forças e serviços no quadro sistema de segurança interna está totalmente operacional. Nós tínhamos já níveis muito elevados de segurança, mas termos mais polícias e guardas nas nossa fronteiras marítimas aéreas e terrestres significa que temos maior capacidade de observação e de prestarmos atenção a tudo que sejam indícios que possam colocar em causa a nossa segurança coletiva”, enalteceu José Luís Carneiro.

ZAP //

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