Uso de monumentos e museus com novos preços a partir de julho

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Fachada do Mosteiro da Batalha e estátua de D. Nuno Álvares Pereira

Fachada do Mosteiro da Batalha e estátua de D. Nuno Álvares Pereira

Um despacho conjunto dos gabinetes dos secretários de Estado da Cultura e Adjunto e do Orçamento regulamenta a utilização dos espaços afetos à Direção-Geral do Património Cultural, a partir de 1 de julho, para diferentes iniciativas, desde culturais a académicas, sociais, infantis, empresariais e para filmagens de cinema, televisão e publicidade.

O documento discrimina 23 espaços – quatro conventos/mosteiros, uma casa-museu, 14 museus nacionais, dois palácios e ainda a Torre de Belém e o Panteão Nacional.

Esclarece o documento que, “sempre que a duração exceda o horário de abertura ao público, aos valores da tabela acrescem custos com a vigilância/guardaria, a orçamentar caso a caso”.

A tabela publicada estabelece, dentro de cada monumento, preços para cada um dos seus espaços. Assim, os jantares nos claustros dos Jerónimos custam 40 mil euros, mas no refeitório ficam por metade e, nos jardins interiores, não se podem realizar. Neste monumento, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, há preços mais baixos como a realização de “cocktails”, com um aluguer de 15.000 euros nos claustros, 10.000, no jardim interior, e 7.500, no refeitório.

A vizinha Torre de Belém tem preços mais módicos, oscilando entre os 1.500 e os 7.500 euros, atingindo a capacidade máxima de 500 pessoas, no terraço do baluarte, descendo para metade na sala interior.

O valor mais baixo tabelado é 50 euros, pela utilização da sala de formação ou pelo laboratório do Museu Monográfico de Conímbriga, a 16 quilómetros de Coimbra. Neste museu, o valor mais elevado a cobrar é 1.500 euros, para filmagens comerciais nos auditórios, ruínas, espaço museológico e outros.

A única Casa-Museu referida é a Dr. Anastácio Gonçalves, sob a tutela do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa, cujo aluguer do atelier ou salão nobre oscila entre os 750 e os 2.000 euros.

Os dois palácios citados são as antigas residências régias, em Mafra e na Ajuda, em Lisboa. No primeiro, a tabela varia entre os mil e os seis mil euros pela utilização da sala do trono para jantares, descendo para metade, no caso de “cocktails”.

A sala do trono do Palácio da Ajuda não tem utilização prevista, no regulamento agora publicado. Neste palácio, os espaços mais caros – 7.500 euros – são as salas D. Luís e a dos Archeiros, ambas para jantares.

A utilização da sala D. Luís, para eventos culturais, depende de uma “análise casuística”, assim como a antiga capela, denominada “sala polivalente”.

A “análise casuísta” aplica-se também a outros monumentos e museus, como a utilização de certos espaços verdes do Museu Nacional do Traje, em Lisboa, ou espaços do Museu Grão Vasco, em Viseu, assim como a utilização do Panteão Nacional para eventos académicos.

Neste monumento, onde entre outros, se encontram sepultados Amália Rodrigues, Aquilino Ribeiro e Guerra Junqueiro, os diferentes espaços, desde o adro ao terraço, podem ser utilizados a preços que variam entre os 750 e os 5.000 euros.

Entre os monumentos classificados pela UNESCO, os mosteiros dos Jerónimos, da Batalha e de Alcobaça e o convento de Cristo, em Tomar, aquele que pratica preços mais elevados é o dos Jerónimos; o da Batalha, os mais baixos.

Entre todos os museus e monumentos, o Convento de Cristo é o que coloca à disposição o maior número de espaços, num total de 22, incluindo a ermida de N. S. da Conceição e a Casa dos Fâmulos. Esta última é a única a contemplar a cobrança de 2,5 euros por criança.

O documento inclui ainda os preçários de utilização dos museus da Música, de Arte Popular, do Chiado, de Arqueologia, de Arte Antiga, este com o aluguer do jardim a 2.500 euros, e ainda os de Etnologia, Azulejo, Teatro, Coches, Machado de Castro, em Coimbra, e Soares dos Reis, no Porto.

/Lusa

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