Segundo um especialista da Polar Bears International, a perda de gelo no Ártico está a afetar a alimentação dos ursos polares.
O Ártico está a perder gelo a um ritmo mais acelerado do que o previsto pelos cientistas, e isto é uma má notícias para os ursos polares. De acordo com um relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), criado pelas Nações Unidas e divulgado esta semana, a alimentação destes animais está a ser prejudicada.
Segundo o relatório, dedicado ao impacto das alterações climáticas nos oceanos e na criosfera, caso não haja uma ação urgente para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, os gelos permanentes vão derreter a um ritmo sem precedentes.
Um especialista entrevistado pelo The Guardian adianta que a situação está a afetar as populações de ursos polares que vivem e caçam na encosta norte do Alasca, bem como aquelas que vivem nos blocos de gelo no mar de Bering, que diz respeito a uma extensão marítima no extremo norte do oceano Pacífico.
“Agora que o gelo se afastou muito da zona costeira sabemos que os ursos não se estão a alimentar, e os que são forçados a ir para terra não encontram muito o que comer”, explica Steven Amstrup, da Polar Bears International, uma organização de conservação de ursos polares sem fins lucrativos.
Segundo o Observador, em 2015, o mesmo grupo adiantou que a população de ursos polares no mar de Beaufort, que faz parte do oceano Ártico, diminuiu em 40% na década anterior.