A Associação dos Produtores de Ovos Moles de Aveiro (APOMA) anunciou esta terça-feira ter sido publicado o Regulamento Europeu que permite a ultracongelação daquele doce tradicional, considerado crucial para promover a exportação.
A alteração ao Caderno de Especificações, agora aprovada e publicada no jornal oficial da União Europeia, contemplou a alteração da validade do produto, quando submetido a ultracongelação, “o que permitirá aceder a mercados longínquos”.
“No mercado europeu pretende-se iniciar a comercialização do produto ultracongelado de uma forma efetiva na diáspora portuguesa”, adianta a APOMA.
Segundo os dirigentes da associação, “a internacionalização do produto acarreta desafios a toda a fileira e às entidades envolvidas, representando assim um potencial crescimento socioeconómico para toda a fileira e para a Região de Aveiro, levando o produto Ovos Moles de Aveiro além fronteiras“.
A APOMA havia identificado as limitações da validade do produto como principais dificuldades para a sua internacionalização, o que levou a pedir a colaboração do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, que concluiu ser possível ultracongelar o produto sem este sofrer alterações das suas principais características.
Face aos resultados dos estudos e feita a verificação de que a ultracongelação não comprometia as características da identificação geográfica protegida dos Ovos Moles, a APOMA solicitou, em 2012, a alteração do Caderno de Especificações.
“Está é mais uma etapa aliciante, exigente, de levar o produto a novos mercados, que em conjunto traçámos para que os Ovos Moles de Aveiro permaneçam como referência da gastronomia conventual portuguesa, sem descurar o essencial, o saber fazer, a tradição e o respeito por quem os produz e os aprecia”, salienta a APOMA.
A Associação foi constituída no ano 2000 e tem atualmente 38 produtores de Ovos Moles de Aveiro no processo de certificação da identidade geográfica protegida (IGP).
/Lusa
agora é que a balança comercial vai melhorar…