É um ano bom para as cerejas (mas mau para os cereais)

O tempo quente e seco que se registou no mês de março provocou quebras significativas na produção de cereais. Os produtores de batatas e de cerejas, no entanto, saíram a ganhar.

A precipitação de final de abril e início de maio não causou fortes prejuízos nas variedades precoces de cerejas, como se previa. Além disso, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), prevê-se um aumento médio da produtividade de 10% face ao ano anterior, situando esta campanha como uma das melhores das últimas duas décadas.

No entanto, os cereais de inverno foram prejudicados: o tempo quente e seco registado em março foi determinante para a redução das produtividades face às da última campanha, variando entre os -10% no trigo mole e cevada e os -15% no trigo duro, triticale e aveia, adianta o Expresso.

Em relação às culturas de primavera e verão, o INE destaca a diminuição em 5% da superfície de arroz, “sobretudo devido à redução da área instalada nos campos da bacia hidrográfica do Sado (aproximadamente menos 900 hectares, face a 2018), consequência dos baixos níveis das reservas hídricas das albufeiras da região”.

O ano agrícola está também a correr mal para o milho, que apresenta uma redução de 5% da área cultivada, assim como na de girassol (-15%).

Em sentido contrário, prevê-se um aumento de 4% na área plantada de batata, essencialmente como resposta ao aumento do preço pago ao produtor, e de 2% na área de tomate para a indústria.

ZAP //

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