/

Dois ultimatos ao Governo podem mexer com a Saúde em Portugal

1

Ainda não há reunião com os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica. Greves podem surgir já neste mês.

O Sindicato Nacional de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica deixou um ultimato ao Governo.

Num documento enviado à Ministra da Saúde, o sindicato avisa que ainda não está marcada nova reunião de negociação – algo que ficou acordado no dia 28 de Maio.

Se reunião não for agendada para os próximos dias, os técnicos vão avançar com novas formas de luta que podem passar por greves nacionais, a iniciar ainda neste mês de julho.

“O Ministério da Saúde comprometeu-se a reunir com os sindicatos, na ronda negocial das diversas carreiras, o que devia ter ocorrido na semana passada. Por diversos motivos e conforme anunciado pelo Ministério, essas reuniões foram adiadas, estando previsto ocorrerem nos próximos dias”, justifica Luis Dupont, presidente do Sindicato Nacional de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica.

Em comunicado enviado ao ZAP nesta quinta-feira, Luis reforça que não há data anunciada para a reunião. O aviso à ministra Ana Paula Martins foi a “última insistência”. Seguem-se greves.

Na última reunião, o Ministério da Saúde comprometeu-se a apresentar, para além de um protocolo negocial, propostas de resolução e clarificação de matérias como a atribuição de 1,5 pontos a todos os técnicos, harmonização dos retroativos, resolução das injustiças que existem, entre outras matérias.

Luis Dupont fala em “indefinição e de até alguma desigualdade” na atuação do Ministério da Saúde e do Governo, num cenário de “revolta e indignação” dos trabalhadores.

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica não aceitam ser tratados de forma desigual, “não apenas em relação a outros profissionais das carreiras da Administração Pública, mas também com trabalhadores que integram a mesma carreira”.

Estes profissionais realizam análises, raios x, ressonância magnética, entre outras. Com uma greve geral, os utentes ficariam sem os exames complementares de diagnóstico que são importantes para fazer o diagnóstico da doença ou decidir tratamento.

Médicos em “luta”

Este aviso surge menos de uma semana depois de outro alerta, mas da Federação Nacional dos Médicos.

Criticam o “impasse” do Ministério da Saúde no arranque do processo negocial – uma reunião foi cancelada – e, por isso, decidiram “reforçar as formas de luta”.

A federação apela à entrega das declarações de indisponibilidade para trabalho suplementar além do limite anual legal.

Se não houver avanços nas conversas com o Governo, haverá “greve nacional, geral, para todos os médicos e greve ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários”.

Os médicos exigem a negociação da grelha salarial, a reposição da jornada de 35 horas semanais, a reintegração do internato médico na carreira, a progressão na carreira e outras medidas que valorizem os médicos e melhorem as suas condições de trabalho.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

1 Comment

  1. Há que agradecer ao Autor desta tremenda desordem Social (legitima) , o Sr. Costa , que soube dividir para Reinar , abriu a Caixa de Pandora e serão revindicações sem fim a vista e sem soluções , uma verdadeira Anarquia Social ! ….Obrigado ao Maquiavélico Costa .

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.