UC produz radiofármaco inovador para detetar Alzheimer

O radiofármaco, até aqui indisponível em Portugal, permite a deteção de agregados da proteína Tau no cérebro.

Alzheimer continua a ser uma das grandes “dores de cabeça” para a Ciência, nomeadamente no campo da saúde.

Esta doença neurodegenerativa progressiva, que afeta memória, pensamento e comportamento, é a forma mais comum de demência. E continua sem cura.

Mas há tratamentos que ajudam a aliviar sintomas, ou a retardar a progressão da doença, ou a melhorar a qualidade de vida dos doentes.

E também há muita investigação à volta do momento da deteção.

Nesse sentido, a Universidade de Coimbra (UC) vai passar a produzir um radiofármaco que permite a deteção de agregados da proteína Tau no cérebro (um indicador de manifestação da doença, comum a todos os doentes).

Esse radiofármaco, até aqui indisponível em Portugal, garante um diagnóstico mais preciso da doença de Alzheimer.

Os exames poderão ser feitos no tomógrafo PET (Tomografia por Emissão de Positrões) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), que assegura a produção do medicamento radiofarmacêutico através da ICNAS Pharma.

O radiofármaco inovador vem transformar o diagnóstico da doença de Alzheimer através de exames PET, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.

Até agora, o método mais comum era o exame PET para deteção de amiloide beta fibrilar e em placas. No entanto, embora seja muito útil no diagnóstico precoce de doença de Alzheimer, este exame não se correlaciona significativamente com a sua gravidade clínica.

O novo método de diagnóstico permite complementar esse exame com o de deteção da presença dos agregados da proteína Tau.

“A deteção de agregados da proteína Tau no cérebro permite um diagnóstico mais preciso e o estadiamento da doença, relacionando-se com a sua gravidade e progressão”, explica o Diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa.

Este foi o resultado de dois anos de investigação – que podem abrir novas perspetivas para o tratamento da doença de Alzheimer, com uma nova geração de fármacos que visem reduzir a acumulação da proteína Tau, podendo vir a contribuir para melhorar a condição dos doentes com Alzheimer.

ZAP //

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