/

“Surpreendido” pela desistência da compra da TVI, dono da Douro Azul “ataca” capital da Cofina

2

DouroAzul / Wikimedia

O empresário português Mário Ferreira, dono da Douro Azul.

O empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, aumentou a sua participação no capital da Cofina, depois de esta ter anunciado a desistência da compra da TVI por falta de capital. Mário Ferreira já se manifestou “surpreendido” com a decisão, dando a entender que estaria disposto a avançar os cerca de 3 milhões de euros que faltavam para concretizar o negócio.

A desistência de compra da TVI assumida pela Cofina deixou Mário Ferreira “surpreendido”, como assumiu em declarações à Agência Lusa, lamentando que não foi “consultado” e acusando a Cofina de ter cancelado a operação de forma unilateral quando ele estaria disposto a avançar os cerca de 2,9 milhões de euros que faltavam para subscrever a totalidade do aumento de capital que era necessário para partir para a compra da TVI.

Depois do fracasso do negócio, Mário Ferreira “atacou” o capital da Cofina, aumentando a sua participação na empresa.

A Pluris Investments, de Mário Ferreira, e o empresário a título individual detêm em conjunto uma participação de 2,072% na Cofina, num total de 2.125.200 acções, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com a nota, a sociedade e o seu accionista maioritário comunicaram, a 11 de Março de 2020, “as suas aquisições de acções emitidas pela Cofina”, que “totalizaram o montante de 2.125.200, em sessão em bolsa”.

Depois da compra destes títulos, a Pluris ficou com 2.050.000 acções, representativas de 1,998% do capital da dona do Correio da Manhã, enquanto Mário Ferreira detém 75.200 ações do grupo (0,073%).

A Pluris Investments tinha assumido um compromisso de subscrição de 44.444.444 ações no aumento de capital da Cofina, que tinha globalmente um valor de 85 milhões de euros, alocado ao financiamento da operação de aquisição do grupo Media Capital, que detém a TVI.

A Cofina anunciou ter desistido de comprar o grupo, após falhar a operação de aumento de capital, de 25,6 milhões para 110,6 milhões de euros, para financiamento da aquisição da empresa, aos espanhóis da Prisa.

Mário Ferreira manifestou, por sua vez, “grande surpresa” com a decisão de cancelamento da operação, recordando ter sido “convidado pelo engenheiro Paulo Fernandes [presidente executivo da Cofina] para participar no aumento do capital com vista à aquisição da Media Capital”.

A oferta abrangia a subscrição reservada a accionistas no exercício do direito de preferência e demais investidores que adquiram direitos de subscrição, através da emissão de 188.888.889 novas acções ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal.

O preço de subscrição tinha sido fixado em 0,45 euros por cada nova acção, que correspondia ao respectivo valor de emissão.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Olhem-me este caga tacos a pensar que é alguém! Anda com trocos em terras de milhões e ainda pensa que pode falar grosso.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.