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Depois de três dias presa no elevador em Nova Iorque, mulher é finalmente resgatada

Uma empregada doméstica passou três dias presa no elevador da residência de uma família bilionária para a qual trabalha em Nova Iorque e só foi resgatada esta segunda-feira pelos bombeiros.

O incidente ocorreu num imóvel do do Upper West Side de Manhattan, num dos bairros mais ricos de Nova Iorque. Segundo o New York Times, a residência pertence ao investidor Warren Stephens, líder da empresa financeira Stephens Inc., que, segundo a revista Forbes, está avaliada em 2,6 mil milhões de dólares (aproximadamente 2,3 mil milhões de euros).

O diário relata que os proprietários passaram o fim de semana fora e descobriram na segunda-feira que a mulher, de 53 anos, estava presa, ao constatarem que o elevador estava com problemas.

Chris Berke, porta-voz do corpo de bombeiros de Nova Iorque, confirmou que os bombeiros foram chamados à residência na rua 65 às 10h00 (hora local, 15h00 em Lisboa).

O elevador estava parado entre o segundo e o terceiro andares. Depois de forçar a porta, os bombeiros encontraram uma mulher que disse que estava no local desde sexta-feira. A funcionária estava desidratada, mas com uma condição de saúde estável, tendo sido levada para um hospital para ser examinada.

Os bombeiros não divulgaram mais detalhes e não revelaram a identidade da mulher, mas a imprensa de Nova Iorque informou que a vítima é Marites Fortaliza, empregada doméstica da família Stephens há vários anos.

Quando a funcionária chegou à residência na sexta-feira, a família já tinha abandonado o espaço, sendo que, quando ficou presa no elevador, não conseguiu avisar ninguém.

A família emitiu um comunicado, lembrando que Fortaliza tem sido “um membro valorizado da família Stephens durante 18 anos”, e considerando-se “aliviada e grata por saber que Fortaliza estava bem”.

De acordo com a Reuters, Frank Thomas, vice-presidente na Stephens Inc., prometeu “investigar as causas do infeliz incidente e adotar medidas adequadas para assegurar que não se repita”.

As causas do acidente estão sob investigação, sendo que não foram encontradas falhas na última inspeção efetuada ao elevador, em julho. As autoridades não sabem se o elevador tem um sistema de alerta de emergência, mas não desconfiam que tenha sido um ato intencional.

No entanto, uma inspetora do Departamento de Edifícios de Nova Iorque tentou aceder à propriedade depois de saber de caso, mas foi-lhe negada a entrada. Como consequência, este órgão governamental passou uma multa por obstrução aos inspetores.

ZAP // Lusa

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