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Flexibilidade psicológica é o mais importante para uma família feliz, diz estudo

Um estudo recente da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, identificou algumas das características e competências pessoais que contribuem para que as nossas relações amorosas e familiares sejam mais felizes.

Um dos principais factores para ter uma família saudável e relacionamentos românticos felizes é a flexibilidade psicológica, visto que esta é uma característica muito importante para resolver desafios e conflitos.

De acordo com a Science Alert, esta conclusão surgiu de uma meta-análise, que abrangeu 74 estudos anteriores sobre relacionamentos de 43.952 pessoas, no total.

“Simplificando, esta meta-análise salienta que ser consciente e emocionalmente flexível em situações difíceis e desafiadoras não só melhora a vida dos indivíduos, como também pode fortalecer e enriquecer os seus relacionamentos íntimos“, disse Ronald Rogge, autor principal do artigo publicado da revista Science Direct.

Juntamente com Jennifer Daks, Rogge descobriu que a “flexibilidade consciente” está ligada a uma dinâmica familiar e de relacionamento mais gratificante, bem como a conexões mais fortes entre os indivíduos envolvidos nessas relações.

Além disso, os investigadores especificaram algumas das competências pessoais necessárias para ter flexibilidade psicológica, tais como ter “mente aberta”, aceitar novas experiências, sejam boas ou más, e ter uma consciência plena e atenta do tempo presente no dia-a-dia.

Outras competências positivas incluem ter pensamentos e sentimentos sem ficar obcecado pelos assuntos em questão, manter uma perspetiva geral mesmo durante tempos difíceis, permanecer em contacto com valores mais profundos e ser capaz de continuar a dar passos em direção a um objetivo mesmo no meio de dificuldades e contratempos.

Os investigadores consideram, por outro lado, que a inflexibilidade psicológica acontece por se evitar constantemente pensamentos, sentimentos ou experiências difíceis, passar o dia-a-dia distraído e desatento e ficar preso a pensamentos e sentimentos.

Olhar para os pensamentos e sentimentos difíceis como um reflexo pessoal (e sentir-se julgado por causa deles), permitir que o stresse e o caos da vida diária superem outras prioridades e ser facilmente prejudicado por contratempos e experiências difíceis são outros comportamentos que tornam as pessoas psicologicamente inflexíveis.

Em termos familiares, a flexibilidade psicológica provoca uma maior coesão e a um maior e melhor uso de estratégias parentais adaptativas. Nos relacionamentos românticos, leva a uma maior satisfação e a menos conflitos negativos.

Este estudo encaixa-se num estudo anterior também realizado por Rogge, que mostrou que o simples facto de se estar mais atento às relações inter-pessoais e manter os canais de comunicação abertos pode fazer uma diferença significativa na sua duração.

ZAP //

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