Entram, especialmente, quando começa a fazer mais calor como nesta altura do ano. Mas o que atrai as traças até às nossas residências não é a luz, como pensamos: é algo que está muito mais próximo de nós.
Muito por voarem em volta das lâmpadas quando as veem, acredita-se que as traças entram na nossa casa em busca de luz, mas essa crença de longa data tem sido desafiada pela ciência.
No seu ambiente natural, as traças não seguem a luz sem pensar: usam a lua como referência de navegação, como explica o National Geographic.
Luzes artificiais, como lâmpadas e lâmpadas incandescentes, confundem esse sistema de orientação evoluído, fazendo com que estes insetos — chatos, para muita gente, pois apesar de inofensivos, alguns exemplares destroem a roupa — voem em círculos em vez de serem atraídas pela luz em si.
Mas segundo novos estudos a verdadeira razão pela qual as traças entram nas nossas casas tem mais a ver com o cheiro do que com a luz. Mais especificamente, o nosso cheiro e o do ambiente da casa.
As traças são atraídas pelos odores de roupas encharcadas de suor, ambientes húmidos, alimentos mal armazenados e até mesmo certos produtos de limpeza ou tecidos sintéticos. Esses cheiros são para elas um sinal de abrigo, comida ou oportunidades de reprodução.
As nossas casas são como um bufete para as traças. Mesmo as traças Tineola bisselliella que destroem a roupa não comem o tecido, mas sim traços microscópicos de pele e suor deixados nas nossas roupas.
Uma investigação da Universidade de Washington, publicada na Royal Society, mostra que algumas espécies de traças respondem intensamente a compostos voláteis humanos — muitos dos quais nem percebemos conscientemente.
As alterações climáticas também podem estar a contribuir para essa tendência. Com o aumento das temperaturas e estações quentes mais longas, as populações de traças estão a expandir-se para áreas urbanas. As casas modernas proporcionam um habitat ideal.