Trabalhadores da SATA com novas greves até ao final do ano

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O Sindicato Nacional da Aviação Civil (SINTAC) nos Açores anunciou esta sexta-feira que os trabalhadores de terra da SATA vão avançar com novas greves “em momentos importantes para a região” até ao final do ano.

À saída de um plenário, na Praia da Vitória, o porta-voz do SINTAC/Açores, Filipe Rocha, disse que as novas ações de luta “com datas já definidas”, mas não divulgadas, irão juntar-se às duas paralisações parciais já anunciadas pelo SINTAC (de 17 de abril a 15 de maio, de quatro horas diárias, e de 17 abril de a 31 de dezembro ao trabalho complementar), caso a administração não proceda ao ressarcimento por “penalizações na progressão de carreiras” deste pessoal.

“As greves têm de ter consequências e ser eficazes e só vão acontecer em momentos importantes para a região”, disse o porta-voz dos trabalhadores da transportadora aérea açoriana, referindo que houve a “preocupação” em não marcar greves durante as festividades do Senhor Santo Cristo dos Milagres e da competição do SATA Rali Açores, em São Miguel.

De acordo com o dirigente da estrutura sindical, que representa 110 dos cerca de 400 trabalhadores de terra da SATA, em causa estão “cerca de 6 mil euros” de penalizações, um valor que, “nas contas da SATA em novembro de 2013”, ressalvou, “é substancialmente menor do que os custos que esta greve e a outra que fizemos terão”.

O dirigente sindical referiu que, no âmbito do pré-aviso de greve, foi solicitada uma audiência com a vice-presidência do Governo açoriano para resolver o diferendo.

Filipe Rocha sublinhou não compreender a posição da administração da SATA, acusando a empresa de não reconhecer ”a sua própria ilegalidade”.

“Ontem [quinta-feira] numa reunião, em sede de negociação de serviços mínimos com o tribunal arbitral, a empresa reconheceu que o memorando de entendimento que nos querem obrigar a aceitar para 2013 é ilegal”, declarou o dirigente.

“É ilegal porque não foi publicado em boletim de trabalho de emprego, porque não foi publicado em jornal oficial e não tem valor de lei”, sustentou. “Sendo ilegal, temos toda a razão em pretender o tratamento que foi dado na TAP“.

/Lusa

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