Uma técnica de reinserção dos serviços prisionais foi agredida por um recluso em liberdade condicional, esta quarta-feira, em Faro. O homem tentou depois agredir outros funcionários e pôs-se em fuga. Estava a cumprir o final de uma pena por crime de agressão doméstica.
Uma técnica de reinserção dos serviços prisionais foi agredida, esta quarta-feira, em Faro, por um recluso em liberdade condicional que, depois de tentar agredir outros funcionários, se colocou em fuga.
O homem, “muito violento e agressivo”, entrou na delegação regional de reinserção social de Faro arrombando a porta da entrada com um pé de cabra, agrediu a técnica de reinserção social na perna e tentou agredir a coordenadora na cabeça, mas não acertou, descreveu o presidente do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (STDGRSP), Miguel Gonçalves.
A técnica foi hospitalizada, e, entretanto, o recluso já foi detido.
O representante dos trabalhadores reiterou que estes serviços necessitam “urgentemente” de segurança e recordou que no mês passado houve uma agressão idêntica em Évora.
“Somos técnico mal pagos e agora ainda nos sujeitamos a ser espancados”, ironizou Miguel Gonçalves.
O sindicato voltou a “lamentar a inércia” da DGRSP e acusou o organismo de “desconhecer por completo a realidade dos serviços, tomando decisões tardias” e limitando-se a “reagir sem qualquer proatividade”.
Segundo a organização de defesa dos trabalhadores, o agressor estava em liberdade condicional a cumprir o final de uma pena, que não foi a única, por crime de agressão doméstica.
O recluso quis ser atendido naquele momento porque “queria ter uma casa”, de acordo com o relato feito à Lusa.
A PSP confirmou à Lusa que teve conhecimento da ocorrência, tendo deslocado para o local agentes que “identificaram o suspeito e elaboraram o respetivo expediente”, o qual foi remetido para o Ministério Público.
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais é o organismo responsável pela prevenção criminal, execução de penas, reinserção social e gestão dos sistemas tutelar educativo e prisional.
// Lusa