Max Verstappen pode conquistar o título mundial já este domingo, caso Lewis Hamilton não esteja nos seus dias em Jeddah, na Arábia Saudita.
O próximo domingo reserva-nos aquela que será a penúltima corrida do Mundial de Fórmula 1, na Arábia Saudita. Como tal, começa-se a fazer contas para o título, que para Max Verstappen está à distância de um deslize de Lewis Hamilton.
O neerlandês lidera com 351.5 pontos, seguido logo pelo inglês, que soma 343.5 pontos. Com um total de 27 pontos em disputa na Arábia Saudita, Hamilton terá que fazer pela vida para evitar a vitória antecipada do piloto da Red Bull.
Independentemente da classificação de Verstappen, Hamilton tem que terminar no quinto lugar ou acima para evitar a coroação do seu rival.
Os cenários que dão o título a Max Verstappen são a vitória em Jeddah e a volta mais rápida, com Hamilton a terminar em sexto ou abaixo; a vitória sem a volta mais rápida, com Hamilton no sétimo posto ou abaixo; o segundo lugar com a volta mais rápida e Hamilton terminar em 10.º ou abaixo; o segundo lugar sem a volta mais rápida e o britânico fora das dez primeiras posições.
Caso não se verifique nenhum destes cenários, a decisão será remetida para Abu Dhabi, a última prova da temporada.
As casas de apostas parecem apontar para a vitória de Lewis Hamilton, embora Verstappen não fique muito atrás. Assim sendo, será necessário que o número 44 da Mercedes tenha um enorme deslize na Arábia Saudita.
O historial desta temporada também sugere que será improvável uma combinação de resultados em que Verstappen saia com o título debaixo do braço. Nas 20 corridas disputadas, em apenas uma ocasião, no GP do Mónaco, é que Verstappen venceu e o piloto inglês ficou-se pela sétima posição.
Em contrapartida, há um cenário em que os dois pilotos partem empatados para o GP de Abu Dhabi, em Yas Marina. Caso Lewis Hamilton vença na Arábia Saudita — com a volta mais rápida — e Max Verstappen fique no segundo posto, ambos ficam com 369,5 pontos.
O recém-construído circuito urbano de Jeddah pode, assim, ser o palco para a primeira vitória do circuito mundial. Lewis Hamilton, por sua vez, persegue o seu oitavo título — o quinto consecutivo.
O jornalista italiano Roberto Chinchero, da Motorsport, escreve que a Honda recomendou uma troca do motor de combustão interna do carro de Verstappen, tendo em conta a quilometragem do atual veículo do holandês.
A Red Bull, contudo, mostra-se reticente sobre uma eventual troca, ainda que 79% do circuito de Jeddah seja em full throttle. A fabricante de Milton Keynes quer evitar uma punição de cinco posições no grid saudita.
A luta entre os titãs da Red Bull e da Mercedes está renhida. Verstappen venceu nove provas (México, Emilia Romagna, Mónaco, França, Estíria e Áustria, Bélgica, Países Baixos e Estados Unidos), enquanto Hamilton conquistou sete (Brasil, Qatar, Bahrain, Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e Rússia.
Em antecipação ao duelo do próximo domingo, Hamilton avisou o rival que quer evitar colisões, referindo-se aos incidentes na prova do Brasil.
“No final, a única coisa que quero é terminar a corrida. Se for demasiado teimoso e defender a todo o custo a minha posição, vou cair. No Brasil, evitei a colisão. Sempre fui muito decente nessas situações. Mas nem sempre consegues lidar com elas perfeitamente”, disse o britânico ao portal Auto Motor und Sport.
“Não é a primeira vez que enfrento um piloto que é bom e mau em alguns aspetos. Sei que é um piloto super-rápido. Sem dúvida, será cada vez mais rápido, quando mais maduro for, não tenho dúvida disso”, acrescentou.