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Cientistas identificam um tipo de amigo que é melhor para a nossa saúde mental

Um amigo que seja um bom ouvinte pode ser bem mais importante do que aquilo que pensamos. Um estudo mostra que estimula o crescimento de novos neurónios e aumenta a plasticidade sináptica.

Mais importante do que ter a eloquência para falar fluidamente sobre qualquer assunto, é ter a capacidade de saber ouvir. Ser um bom ouvinte é cada vez mais uma característica apreciada num amigo ou num amante.

Aliás, de acordo com um novo estudo, encontrar alguém disposto a ouvi-lo contar uma história pode ser um verdadeiro impulso para a longevidade.

Investigadores mostram que se deseja construir a sua resiliência cognitiva, rodear-se de pessoas que prestem atenção quando conta histórias ou desabafa é uma excelente estratégia, escreve o portal Inverse.

Os resultados do estudo, publicado este mês na revista científica JAMA Network Open, sugerem que apenas a disposição para ouvir uma pessoa associado a maior resiliência cognitiva. Parece que ter alguém que o oiça ajuda a estimular o crescimento de novos neurónios e aumenta a plasticidade sináptica.

Resumindo, ter alguém que nos oiça pode ajudar o nosso cérebro a continuar a trabalhar e crescer ao longo da vida.

Os investigadores acreditam que certos neurónios envolvidos nos processos cerebrais relacionados com as interações sociais que envolvem atentar a um amigo enquanto ele fala ou desabafa podem produzir aminoácidos que contribuem para a reparação neural.

Descobriram ainda que as pessoas que relataram que os seus amigos e familiares os ouviam como fonte de apoio tinham um risco menor de desenvolver problemas cognitivos relacionados com a idade, como doença de Alzheimer e outras demências.

Ouvir e ter alguém que nos oiça não vai necessariamente fazer com que viva mais, mas pode ajudar a manter o seu cérebro saudável, evitar os efeitos nocivos da idade no cérebro e beneficiar a sua saúde mental a longo prazo.

Daniel Costa, ZAP //

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