TikTok processado por alegada promoção de conteúdo de automutilação e suicídio

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Famílias francesas ficaram cheias de ver vídeos conteúdos associados à automutilação, distúrbios alimentares e suicídio.

Um grupo de famílias francesas apresentou uma ação civil contra o TikTok, alegando que o algoritmo da plataforma promove conteúdos associados à automutilação, distúrbios alimentares e suicídio, colocando em risco jovens vulneráveis.

Representadas pela organização Algos Victima, estas famílias argumentam que a falta de moderação adequada de conteúdos por parte do TikTok coloca em perigo os seus utilizadores, em especial crianças e adolescentes.

A ação judicial inclui sete famílias, duas das quais perderam tragicamente filhas adolescentes por suicídio, descreve o Politico.

Num dos casos, a família de Marie, de 15 anos, alega que o algoritmo do TikTok a expôs repetidamente a conteúdos prejudiciais ligados ao bullying e à automutilação, agravando os seus problemas de saúde mental.

Após a morte de Marie, a sua família apresentou queixas criminais contra o TikTok, acusando a plataforma de “incitação ao suicídio”, “falta de auxílio a pessoa em perigo” e “promoção de automutilação”.

A advogada da Algos Victima, Laure Boutron-Marmion, referiu um caso semelhante no Reino Unido, onde um legista associou o suicídio de uma jovem à exposição prolongada a conteúdos de automutilação em redes sociais.

O caso francês agora procura responsabilizar o TikTok ao desafiar as suas práticas de moderação e o modelo de negócio mais amplo que sustenta o seu algoritmo de recomendações.

Esta ação legal surge num momento de crescente escrutínio internacional das redes sociais.

Nos EUA, têm-se intensificado os debates em torno da Secção 230 do Communications Decency Act de 1996, que protege as plataformas de responsabilidade pelo conteúdo gerado por utilizadores.

Alguns legisladores norte-americanos defendem reformas, enquanto líderes como o Presidente Emmanuel Macron, em França, apelam a mais transparência e regulação dos algoritmos.

O TikTok, que conta com 21 milhões de utilizadores em França, recusou comentar os processos legais em curso, referindo que a plataforma proíbe conteúdos que promovam a automutilação.

 

ZAP //

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