Depois de conseguirem retirar plástico do Oceano Pacífico, as embarcações da The Ocean Cleanup chegam a alguns dos rios mais poluídos do mundo.
“Para livrar os oceanos de plástico, nós temos tanto de limpar a ‘herança’ [o lixo que já está nos oceanos] como fechar a torneira, evitando que mais plástico chegue aos oceanos”, anunciou Boyan Slat, que começou a startup Ocean Cleanup aos 18 anos.
O jovem holandês criou um dispositivo de limpeza capaz de remover 80 mil toneladas de plástico do Oceano Pacífico por ano. O sistema consiste num conjunto de tubos que formam uma barreira flutuante em forma de U que consegue apanhar o plástico, deixando uma abertura na parte inferior para que os peixes e outros animais possam nadar em liberdade.
Cinco anos depois do anúncio da Ocean Cleanup, Boyan, agora com 25 anos, divulgou que está a trabalhar numa outra embarcação, só que desta vez para limpar rios.
A startup tem dois interceptors operacionais em Jacarta, na Indonésia, e em Klang, na Malásia, bem como outras duas embarcações prontas a navegar no Vietname e em Santo Domingo, na República Dominicana. Segundo o site da Ocean Cleanup, as barcaças são capazes de “extrair 50 mil quilogramas de lixo flutuante por dia“, o dobro se funcionarem “em condições ótimas”.
O dispositivo conta com uma barreira que se alonga para além da embarcação e dirige o lixo para “a boca” do Interceptor, que separa os resíduos por seis contentores. Assim que fica cheio, o sistema envia automaticamente uma mensagem para um dos operadores em terra. A barcaça é trazida para terra e os contentores esvaziados para a reciclagem.
O desejo do jovem holandês é que as barcaças sejam replicadas em larga escala, para que estejam ativas em todos os rios mais poluídos do planeta até 2025, adianta o BoredPanda.