Primeiros testículos criados em laboratório podem ser capazes de produzir espermatozóides

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Uma equipa de cientistas conseguiu, pela primeira vez, cultivar um par de testículos em laboratório. Os organóides tiveram uma vida útil de nove semanas.

Criados a partir de células testiculares imaturas retiradas de ratos recém-nascidos, os testículos cultivados em laboratório desenvolveram rapidamente estruturas semelhantes às observadas nos naturais.

Segundo o IFL Science, os cientistas da Universidade Bar-Ilan, em Israel, criaram estes organóides para obter novas informações sobre o desenvolvimento de órgãos e doenças, até porque, até agora, não dispunham de nenhum sistema in vitro para modelar testículos.

“Os testículos artificiais são um modelo promissor para a investigação sobre o desenvolvimento e função dos testículos, que pode ser traduzida em aplicações terapêuticas para distúrbios do desenvolvimento sexual e infertilidade”, explicou o autor do artigo científico,  Nitzan Gonen, em comunicado .

Normalmente, os organóides são desenvolvidos para se assemelharem a órgãos no seu estágio embrionário. No entanto, desta vez, os investigadores conseguiram fazer crescer os testículos artificiais até um estado mais maduro.

Além disso, nesta investigação, conseguiram manter os organóides durante nove semanas, período durante o qual expandiram de tamanho antes de finalmente entrarem em colapso.

Durante a experiência, os cientistas prestaram especial atenção ao desenvolvimento das células de Sertoli, que desempenham um papel muito importante na produção de espermatozóides.

O mais surpreendente é que a maturação destas células ao longo do período de nove semanas mostrou ser muito semelhante à observada em ratos vivos nos estágios correspondentes.

Isto significa que os organóides poderão mesmo ser capazes de produzir espermatozóides, até porque o processo de espermatogénese em ratos vivos demora apenas cerca de 35 dias.

A infertilidade masculina é, atualmente, uma condição sobre a qual pouco se sabe. Por isso, no futuro, os investigadores esperam produzir organóides a partir de amostras humanas.

Para já, o artigo científico com o relato do avanço científico encontra-se disponível para consulta no International Journal of Biological Sciences.

ZAP //

1 Comment

  1. Heh lá, ó pessoal masculino:
    – Atenção… Cuidado…. Travagem a fundo ( é que acabo mesmo de ter um grande arrepio nas partes!….).
    Já repararam que, se esta modernice prosseguir, não tardará nada a sermos completamente dispensados?!…

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