Teste do 9.º ano pede a alunos para se porem na pele de prostituta e proxeneta

6

(dr)

Um teste de Português do 9.º ano, na Escola Secundária Gabriel Pereira, em Évora, está a gerar polémica. Em causa está uma pergunta que pede aos alunos para se colocarem na pele de uma prostituta ou de um proxeneta.

É dado aos alunos a escolher entre as duas opções. “Coloca-te na pele de uma jovem mulher que caiu numa rede de prostituição”, lê-se numa das na opção A, que pede para escrever um texto em que o aluno revele as circunstâncias que o levaram ao crime e conte “o drama vivido pela vítima”.

“Coloca-te na pele de um explorador sexual (proxeneta ou cliente de prostituição)“, lê-se na opção B. O aluno que escolhesse esta opção tinha de escrever um texto que explicite as circunstâncias que o levou àquela situação e os “argumentos para aceitação/rejeição” do crime pelo criminoso.

De acordo com o Jornal de Notícias, a pergunta gerou indignação entre os encarregados de educação dos alunos do 9.º ano da escola de Évora.

“Ninguém protege as nossas crianças da informação desnecessária e nem na escola estão seguras”, escreveu um pai nas rede sociais.

O diretor do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira explicou a situação, em declarações ao JN.

“Há um trabalho interdisciplinar entre Português, com a obra de Gil Vicente, e a disciplina de Cidadania, e as questões surgem nesse contexto”, disse Fernando Martins. “Os alunos escolheram a questão a que quiseram responder e, de acordo com as informações dadas pelas docentes, há excelentes respostas”.

Por sua vez, ao Diário de Notícias, Fernando Martins assume que “tecnicamente as questões poderiam ter sido colocadas de outra forma”. No entanto, realça que “há aqui uma intenção clara de prejudicar o agrupamento” e que “o assunto não pode ser retirado do contexto”.

Entretanto, a escola já divulgou comunicado a reagir ao caso: “Pela leitura do enunciado do exercício em causa, e para quem esteja fora do contexto das Aprendizagens Essenciais do 9º ano, poderá parecer exigente ou desadequado mas, de acordo com a análise literária da peça de Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, representa um exercício pedagógico para aplicação do que foi ensinado em aula, tendo como objetivo a construção de um juízo crítico”.

ZAP //

6 Comments

  1. Boa tarde.
    Pois claro, e essas são mesmo as DUAS ÚNICAS PERSONAGENS da grande obra literária de Gil Vicente, o “Auto da Barca do Inferno” – querem ver?! Palhaçada!!!
    Quando o meu filho esteve no 9º ano, num serão literário promovido pela escola, fiz uma rábula do Joane/Parvo e do Diabo (interpretei as 2 personagens, c/caracterização e vozes diferente)… foi um fartote de rir e ainda hoje, quando reencontro professores, falam nisso…
    Concordo q/haja liberdade nas escolas, mas à vontade, não é à vontadinha meus senhores: menos, por favor!!!

  2. Um exemplo de aliciamento de menores; por onde anda a Polícia Judiciária e o Ministério Público? Os liberais/maçonaria estão a destruir a Escola Pública.

  3. É a decadência total. Há que correr quanto antes com o bando que anda a fazer-se como governante do pais. Isto está entregue a doidivanas sem escrúpulos. Já tudo é possível…e descaradamente!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.