Cientistas querem criar um “terceiro braço” controlado pela mente

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Columbia Pictures

Um grupo de investigadores do Imperial College London, em Inglaterra, e da Universidade de Freiburg, na Alemanha, está a desenvolver um braço robótico extra que poderá ser controlado pela mente, semelhante ao exoesqueleto do Dr. Octopus, inimigo do Homem-Aranha.

De acordo com os responsáveis, esse membro suplementar será capaz de realizar tarefas sem envolver outras partes do corpo. Assim as mãos ficariam livres para desempenhas outras atividades.

“Com este sistema, poderíamos fornecer um novo grau de liberdade”, sem a necessidade de “usar as mãos para controlar um joystick capaz de manobrar um braço robótico, por exemplo. Tudo seria controlado por meio de impulsos elétricos cerebrais”, disseram os investigadores ao IEEE Spectrum.

Outros protótipos para controlar membros robóticos através de sinais cerebrais já foram testados, mas envolviam implantes invasivos para criar uma interface cérebro-máquina, impossibilitando a sua utilização fora dos laboratórios.

IEEE Spectrum

Esquema de funcionamento do sistema que capta sinais de eletromiografia (EMG)

Nesta nova abordagem, são captados os sinais de eletromiografia (EMG) produzidos pelos músculos, utilizando elétrodos na superfície da pele para detetar os estímulos elétricos musculares que podem ser descodificados e transformados em movimentos para controlar partes mecânicas.

“Para traduzir esses sinais, criámos um módulo de treino que recebe sinais EMG produzidos pelo utilizador através de pequenas contrações musculares. Esse módulo determina quais pulsos de neurónios motores compõem o sinal, permitindo à mente literalmente controlar o membro robótico”, explicou a equipa.

Nos testes realizados em laboratório, contudo, embora os utilizadores exercessem controle sobre os movimentos, estes não eram precisos. Além disso, não ficou provado que o cérebro seria capaz de desenvolver adaptações ao longo do tempo que permitiriam aos utilizadores manter um controle intuitivo sobre o membro robótico.

“Conectar a nossa tecnologia de controle a um braço robótico ou outro dispositivo externo é o próximo passo natural. O verdadeiro desafio, no entanto, não será anexar o hardware, mas sim identificar várias fontes de controle que sejam precisas o suficiente para realizar ações complexas e exatas com o braço robótico”, disseram ainda os responsáveis pela tecnologia.

ZAP //

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